ACESSEM RÁDIO, TV E REDE SOCIAL

Pesquisa

terça-feira, 23 de maio de 2023

As Aparições de Maria Santíssima Na China, Dong-Lu em Boading e Sheshan em Shangai.

NOSSA SENHORA IMPERATRIZ DA CHINA
também conhecida
como Nossa Senhora de Sheshan

24 de maio de Nossa Senhora de Sheshan
Dia mundial da oração na China

"O Dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino" (Ap 12,13).
Ninguém ignora a férrea repressão na China vermelha a tudo que possa se referir a religião. Repressão, sobretudo, anti-cristã. Há dois santuários marianos nacionalmente famosos na China, Dong-Lu em Boading e Sheshan em Shangai.

O Santuário de Nossa Senhora de Sheshan em Shangai está sob o controle da Associação Patriótica (a Igreja católica nacional infiel ao Papa, criada pelo Partido Comunista), o Santuário a Dong-Lu permanece firmemente com a Igreja Católica Romana, chamada "Igreja Subterrânea". Desde 1924, católicos chineses provenientes de todas as localidades da China, viajavam todos os meses de maio para Dong-Lu com a finalidade de venerar a Mãe Santificada de Cristo.

Mas tudo isso mudou durante a Revolução Cultural.

Em pleno ataque perseguidores anti-cristãos debandam ao verem a Santíssima Virgem pairando sobre o povoado, rodeada de uma multidão de anjos
Por motivos de preconceito de fundo nacionalista, a Igreja Católica sempre encontrou enorme resistência cultural na China. Em 1900 ocorreu a “perseguição dos boxers”, nacionalistas chineses que se organizavam em clubes desportivos, praticantes de artes marciais, boxe, etc, que se tornou uma das mais terríveis. Essa perseguição deixou um saldo de milhares de mártires — 30.000, segundo algumas fontes —, entre eles cinco bispos, 130 sacerdotes e numerosos fiéis.

 
Foi justamente durante essa represália anti-cristã que se deu uma grande intervenção da Santíssima Virgem, ocorrida em junho de 1900. Os boxers anticatólicos estavam prestes a eliminar Dong-Lu, à época com aproximadamente 700 habitantes. Naquela ocasião, cerca de 9.000 refugiados se encontravam na aldeia, onde os padres vicentinos tinham começado uma missão. Em sua maioria eram habitantes muito pobres.

A situação era terrível. Milhares de perseguidores cercavam a cidade, e todos pressentiam a iminência de um massacre de seus habitantes. Quando tudo parecia perdido, os perseguidores viram Nossa Senhora pairando sobre o povoado, rodeada de uma multidão de anjos. Aterrorizados, inutilmente dispararam tiros contra Ela. Diante do fenômeno inexplicável, fugiram em grande debandada.

Santuário de Dong-Lu passou a representar o Cristianismo na China


Em agradecimento por terem sido salvos do perigo, os habitantes construíram um santuário em honra à Santíssima Virgem. Por iniciativa do pároco local esculpiu-se uma imagem representando Nossa Senhora vestida com os trajes de imperatriz, que passou a ser venerada no santuário.

A aprovação do fato miraculoso pelas autoridades eclesiásticas ocorreu em 1924, em Shangai, por ocasião do sínodo dos bispos chineses. O bispo jesuíta Henri Lecroart propôs que fossem consagrados à Nossa Senhora a China, a Mongólia, a Manchúria e o Tibete, sob a invocação de Nossa Senhora Imperatriz da China. A proposta foi aceita, e em junho 150 bispos, tendo à frente o Núncio Apostólico, Mons. Celso Constantini, foi feita a consagração. Mais tarde, em 1932, o Papa Pio XI elevou o santuário de Dong-Lu à categoria de local oficial de peregrinação. Em 1941, o Papa Pio XII concedeu à Igreja da China uma festa em honra de Maria Medianeira de todas as graças, sob o título de Santa Mãe, Imperatriz da China.

Curiosamente, três fatos diferentes são estabelecidos: um é o santuário reconhecido como de peregrinação oficial; outro, uma festa litúrgica; e o terceiro, uma consagração do país. Mas na devoção popular todos se fundiram num só, e Dong-Lu passou a representar os três fatos conjuntamente.

Governo comunista mobiliza 5 mil soldados, carros blindados e helicópteros para dinamitar o santúario e confiscar a imagem da Virgem Maria

A pequena aldeia tornou-se então o berço de 40 dos 120 santos mártires canonizados pelo Papa João Paulo II em 1 de outubro de 2000.

Para grande incômodo do governo comunista, durante os últimos 100 anos, a peregrinação de milhares de católicos na China crescia em devoção e número de fiéis. Ciente dessa terrível "ameaça", em abril e maio de 1996 o governo chinês mobilizou 5 mil soldados, apoiados por dezenas de carros blindados e helicópteros, dinamitou o santuário mariano, confiscou a estátua da Virgem Maria e prendeu muitos sacerdotes.

O governo chinês passaria a considerar essa parte da Igreja Católica Romana como ilegal. Assim, a Santa Missa, catequese, batismo e outros serviços religiosos, para muitos católicos que ainda estão no subsolo deve ser realizado em casas particulares e em segredo com os riscos de multas exorbitantes, prisão, prisão domiciliar, torturas físicas e internamento em campos de trabalho.
Sacerdotes, seminaristas, freiras e leigos enfrentam perseguições e assédios contínuos. Muitos deles desapareceram e outros estão na cadeia.

Nas últimas olimpíadas de Pequim, em 2008, a igreja de Dong-Lu foi destruída

Recentemente, quando os holofotes da mídia mundial controlada se voltavam para as olimpíadas de Pequim, em 2008, a igreja de Dong-Lu foi destruída por comunistas chineses. O fato, abafado por muito tempo, causou imensa tristeza no Vaticano e indignação aos cristãos ocidentais.

No entanto, a pintura da Nossa Senhora da China manteve-se íntegra, uma vez que a imagem da igreja era apenas uma cópia. O original havia sido escondido na parede, atrás da cópia, e foi recuperado em impecável estado. Encontra-se agora em mãos dos fervorosos católicos chineses que, lamentavelmente, continuam seu trabalho missionário na igreja das catacumbas.

Católicos chineses rezam para que Bento XVI consiga restabelecer relações de compreensão e respeito com a China comunista para a liberdade da fé religiosa do seu povo.

Repressão continua em pleno século XXI
Atualmente, Dong-Lu permanece a pequena e poeirenta vila de 12 mil pessoas. Entre o casario de tijolo aparente, os mercadinhos e as fábricas de roldanas industriais, destaca-se o curioso prédio da Igreja de Nossa Senhora de Dong-Lu.

Apesar da indiferença da imprensa comunista estatal, a cidade de Dong-Lu é conhecida em pleno “paraíso” de Mao por ser o lugar onde, desde 1900, ocorrem visões da imagem da Santíssima Virgem. A última apareceu em 1995 e foi testemunhada por muitos habitantes da cidade. Muitos habitantes atestam que vêem a Santíssima Virgem frequentemente por lá. Nós, católicos, sabemos que a Mãe de Jesus e da Igreja não abandona Seus filhos.

Datas importantes do calendário cristão como Páscoa e Natal são celebradas exatamente como no Ocidente, mas tudo é feito escondido do governo, por meio de celebrações discretas e clandestinas, sem música, para evitar prisões.

Dong-Lu é cercada de oficiais da polícia à paisana que estão ali para impedir a entrada não apenas de jornalistas, mas de peregrinos que vão à cidade por conta das aparições da Virgem Maria. Os moradores que são pegos falando com a imprensa correm grande risco — afirma Joseph Kung, presidente da Fundação Kung, que ajuda os católicos clandestinos na China, hoje estimados em cerca de seis milhões.

O governo comunista teme que a cidade se transforme num centro de peregrinação. No entanto, apesar da repressão, o número de católicos na região não pára de crescer, especialmente os jovens.

Conclusão
Como vemos nesse estudo, é a partir dessa "mente revolucionária" que provém o ódio anti-cristão, agora generalizado em muitos corações. E a partir desse ódio implementa-se a cultura de morte e habilmente promove-se a imbecialização da mentalidade contemporânea, moldando-a docilmente aos sinistros propósitos do governo oculto.

Em Dong-Lu o combate entre o "Dragão" (ou antiga serpente) e a "Mulher" é literal. Em visitas clandestinas ao santuário, peregrinos perseguidos traduziram em duas frases a inevitável esperança cristã, transcritas nos dois lados da imagem da Santíssima Virgem. Em um lado lê-se: "A cabeça da serpente é esmagada. Debaixo de que pés foi derrotada?" No outro lado: "Meu filho, por que você está amedrontado? Sua mãe está a seu lado".


*****************************

Nossa Senhora de Qing Yang

Qing Yuang é o maior e mais importante distrito da cidade de Jiang Yin, na província de Jiang Su. Segundo os relatos dos anciãos locais, no início de 1900 uma camponesa da zona estava doente há muito tempo e não conseguia curar-se nem mesmo após muitos tratamentos. Um dia apareceu-lhe uma belíssima senhora vestida de branco com uma faixa azul. O seu rosto era condescendente e solene. Com as mãos cruzadas sobre o peito, disse a camponesa doente que recolhesse a erva da zona, que fizesse um chá e o bebesse, e assim seria curada. A mulher seguiu a ordem da Senhora e curou-se realmente. A mulher acreditava ter sido uma aparição de Kuan Yin, portanto foi ao templo para agradecer, mas não encontrou nenhuma imagem de Kuan Yin que se assemelhasse à Senhora. Um certo dia indo a casa de um católico, viu a imagem de Nossa Senhora de Lourdes, e logo pôs-se a gritar: “É Ela, é Ela a Senhora que me curou!”. A notícia difundiu-se logo na zona em torno, e as pessoas vinham prestar homenagem a Nossa Senhora. A diocese comprou o terreno onde havia aparecido Nossa Senhora e construiu uma simples capela, e algum tempo depois uma igreja de estilo gótico para responder às exigências dos peregrinos que chegavam em grande número. Assim a fama de Nossa Senhora de Qing Yang difundiu-se logo em toda a província e por todo o País. A igreja de Nossa Senhora de Qing Yang tornou-se logo um dos locais mais famosos Santuários marianos da China.


Donglu 1: a cidade da Virgem Maria na China


Quem chega a Donglu, uma pequena e poeirenta vila de 12 mil pessoas a 140 quilômetros de Pequim, na província de Hebei, consegue logo destacar, entre o casario de tijolo aparente, os mercadinhos e as fábricas de roldanas industriais, o curioso prédio da Igreja de Nossa Senhora de Donglu, de orientação católica patriótica. Ou seja, seus padres — e fiéis — não devem satisfações ao Vaticano ou ao Papa Bento 16, mas ao Partido Comunista da China. 

 
A arquitetura da Igreja de Donglu é curiosa, misturando o formato típico das igrejas ocidentais (com suas torres e sinos) com elementos chineses, como portões em arco ou pagodas tradicionais do império Qing que abrigam imagens da Virgem Maria com o menino Jesus. Ao ver o jornalista tirando fotos em frente à igreja, no entanto, o padre Lu Zhi Chao vem correndo:
— Por favor, os policiais estão observando você disfarçadamente e não é seguro ficar aqui fora. Vamos conversar lá dentro. — diz ele.
O temor do padre Lu Zhi Chao, 37 anos, desde janeiro responsável pela paróquia, ilustra bem o clima de temor pela repressão com que o governo chinês controla as manifestações religiosas no vilarejo, considerado hoje a cidade mais católica da China. Nada menos que oito mil dos seus 12 mil moradores são católicos, ou seja, 66% de sua população. O próprio padre estima que este número possa ser maior, pois há um enorme contingente de católicos clandestinos (aqueles que continuam a obedecer ao Vaticano e, por isso, fazem missas e orações escondidos).
— Os policiais estão sempre disfarçados, de roupas comuns, vigiando a igreja, especialmente aos domingos, quando as três missas que celebramos chegam a juntar 1.500 pessoas — diz o padre.
A quantidade de católicos em Donglu e o constante policiamento sobre os fiéis têm uma razão especial. Apesar da indiferença da imprensa estatal, Donglu é conhecida na China por ser o lugar onde, desde 1900, ocorrem visões da imagem de Nossa Senhora. A última apareceu em 1995 e foi testemunhada por muitos na cidade, como o comerciante Zhang Bin, de 23 anos.


— Todo mundo aqui em Donglu já viu a Virgem em algum momento da vida. Eu era uma criança, mas me lembro bem das pessoas assustadas, chorando, apontando para o céu perto dos campos onde a gente via a imagem de Nossa Senhora entre as nuvens — conta ele.

— Nós rezamos todos os dias e celebramos o Natal exatamente como no Ocidente, mas o governo não gosta muito, então fazemos celebrações discretas, sem música, para não sermos presos — diz o estudante Tian Hao, de 18 anos. — Nem as velhinhas estão autorizadas a fazer rodas de oração em suas casas. Se elas querem rezar, o governo obriga que elas façam isso na igreja.
Para conversar com os fiéis, os jornalistas são obrigados a entrevistar as pessoas em locais fechados, como em bares ou mercados, caso contrário, não apenas os fiéis são levados para a delegacia local para interrogatório, como os jornalistas também são detidos. 
— Donglu é cercada de oficiais da polícia à paisana que estão ali para impedir a entrada não apenas de jornalistas, mas de peregrinos que vão à cidade por conta das aparições da Virgem Maria. Os moradores que são pegos falando com a imprensa correm grande risco — diz Joseph Kung, presidente da Fundação Kung, que ajuda os católicos clandestinos na China, hoje estimados em cerca de seis milhões.
O chefe do escritório da agência Lusa em Pequim, Rui Boavida, foi detido por cinco horas quando visitou Donglu.
— Eles nos cercaram e nos levaram para a delegacia. Lá, me perguntaram o que me trazia à vila e eu respondi que fui fazer uma matéria sobre as fábricas de roldanas. Eles me levaram a uma delas e depois me aconpanharam até a saída da cidade para ter certeza de que eu ia embora. 
O governo tem medo de que a cidade se transforme num centro de peregrinação. Os registros da primeira aparição da Virgem Maria datam de maio de 1900, chamando a atenção do Vaticano, que confirmou o milagre em 1928. Desde então, milhares de peregrinos se deslocam de vários pontos da China todos os anos até Donglu durante o mês de maio para celebrar a visão da Virgem.
 
— Até 1996, quando o governo começou a inibir os encontros, Donglu recebia mais de 50 mil pessoas todo o mês de maio. Hoje, a festa recebe umas mil pessoas e não pode se estender por mais de alguns dias. Mesmo sendo uma igreja católica patriótica, o governo teme que a reunião de milhares de pessoas possa evoluir para um movimento mais político, acho eu. — diz o padre Lu (ao lado), que mantém emoldurada, sobre sua escrivaninha, uma mensagem do papa João Paulo 2 aos fiéis da igreja, datada de 1990.
Apesar da repressão, o número de católicos na região não pára de crescer, especialmente os jovens.
— As pessoas precisam desenvolver seu lado espiritual num país que vem se tornando mais e mais materialista e onde todo mundo só pensa em fazer dinheiro. O número batismos, que era de até três jovens por mês, hoje é de cinco por mês.

UM BREVE COMENTÁRIO GERAL

A devoção à Nossa Senhora na China, começou na aldeia de Dong Lu em 1900. Todos os anos, centenas de milhares de peregrinos vêm rezar diante de Nossa Senhora de Dong Lu. Durante o mês de maio de 1994 todas as estradas que conduzem a Dong Lu foram fechadas pelo governo. Em todas as vias de acesso para Dong Lu e cidades vizinhas foram colocadas barreiras. Ali só podia passar quem era identificado pelas autoridades como "não-católico". Assim mesmo vieram pessoas de todas as partes do país. Chegaram a pé ou de bicicletas, em automóveis e caminhões, através de caminhos pouco conhecidos para evitar a repressão do governo. 
Vieram à " Colina da Mãe " para rezar. Nos lados da estátua escreveram dois versos. Em um dos lados: "A cabeça da serpente é esmagada. Debaixo de que pés foi derrotada "? No outro lado dab estátua lê-se: " Meu filho, por que você está amedrontado? Sua mãe está a seu lado". Em outra parede, havia um enorme aviso anunciando o atentado sofrido pelo Papa na praça São Pedro, em Roma e pedindo orações e sacrifícios pela recuperação dele. 
Dezenas de milhares de pessoas ajoelharam-se diante da imagem com as mãos colocadas sobre o peito. Depois de uma longa repressão do governo comunista, os católicos não puderam controlar a emoção despertada pelo seu amor à Maria Santíssima. Muitos choraram copiosamente porque finalmente podiam ajoelhar-se aos pés da Mãe Santíssima, após quarenta anos de perseguições. E suplicaram: Querida Mãe, conceda-nos coragem para prosseguir nossa luta. Nós te pedimos: cuida da Igreja na China e salva-nos". 
Muitos tocaram a imagem com seus rosários e quadros de santos. Estes objetos religiosos se transformaram em algo de valor inestimável. Jovens, anciãos, inválidos, fracos e fortes, todos unidos no amor à Mãe de Jesus. Havia pessoas de todas as idades. Era possível ver-se um mar de gente ajoelhada e rezando, ninguém distraído ou conversando. Uma senhora e uma criança ajoelham-se diante da imagem. Abraçada a seu filho, a mulher chora. Próximo dela um senhor de meia idade. Ele também rezava e chorava. Depois de tantas perseguições eles encontravam consolo em Maria. Ofereciam seus sacrifícios para o futuro da Igreja Católica Romana na China, pelo Santo Padre e pela Igreja Universal. Eles estavam muito felizes por terem chegado à Colina de Maria mesmo com tantos riscos pessoais e sacrifícios financeiros.
O dia 24 de maio é o dia da festa mariana mais importante da China.
Nesse dia, o céu estava nublado. Começou a chuviscar. A Igreja subterrânea, como é chamada a Igreja Católica na China, não tem nenhuma igreja em Dong Lu. A Missa era ao ar livre. Por volta das oito horas da manhã, a procissão para a Missa Santa estava começando. Quatro bispos e aproximadamente 120 padres que chegaram das dioceses subterrâneas da China concelebraram a Missa, que teve como celebrante principal Dom Su Chi-Min, bispo auxiliar de Baoding. A procissão também incluiu mais de 100 seminaristas, 200 freiras, muitos diáconos e seminaristas do curso secundário. 
Os chuviscos se tornam uma chuva pesada,mas a procissão continuou. Nada poderia parar a devoção deste povo para com sua santa Mãe. Havia mais de cinquenta mil peregrinos. Poucos traziam guarda-chuvas. Em poucos minutos todos estavam molhados e empapados. Mas, andavam e cantavam na chuva. Eles estavam empapados no amor de Nossa Senhora e na graça de Deus. Esta chuva limpou-lhes a alma. Com vigor renovado e determinação, unidos como Igreja clandestina e leal, eles marchavam contra a tempestade de perseguições. Nenhuma tempestade poderia detê-los na marcha. Nenhuma perseguição poderia esmagá-los. Após a tempestade virão dias ensolarados.
A Missa começou. Todos se ajoelharam na lama, ao som de hinos e orações. Na história da Igreja na China, perseguição da Igreja na dinastia de Qing, o regime comunista atual, a Associação Patriótica cismática, o encarceramento e tortura de bispos, padres, freiras, e fiéis, os milhares dos mártires, a destruição e confisco das propriedades da Igreja, a proibição para atividades religiosas! Todos ali testemunhavam que a Igreja católica romana está gemendo debaixo da perseguição do governo comunista, suplicando a misericórdia de Deus.



Nossa Senhora da China também conhecida
como Nossa Senhora de Sheshan


NOSSA SENHORA DE SHESHAN 

A 50 km de Sanghai, na China, encontra-se Sheshan. Graças à beleza da paisagem e ao clima temperado, a colina de Sheshan é um lugar de grande atração turística. No século XVIII, dois imperadores saíram de Pequim especialmente para visitar esta localidade. Um deles, o famoso Kangxi, deu-lhe o nome de "Montanha do bambu verde". Título muito apropriado, pois a colina vive coberta desta vegetaço. A pintura chinesa de todas as épocas a reproduz tão graciosamente e os brotos do bambu são particularmente apreciados neste antigo povoado. 
A evangelização chegou a Sheshan em 1844. Os primeiros missionários alí construíram uma casa com cinco cômodos, reservando um deles como capela e os outros como locais de descanso. Em 1864, um religioso chinês construiu sobre a colina um quiosque hexagonal, no qual depositou uma imagem da Virgem Maria pintada por ele e venerada como "Auxiliadora dos Cristãos". A devoção à Virgem de Sheshan, "Auxiliadora dos Cristãos", difundiu-se então por toda a região sendo celebrada anualmente no dia 24 de maio.
Atualmente há em Sheshan duas igrejas: uma, no meio da colina e outra, no alto. Esta última foi construída em 1873 e reconstruída em 1925. Possui uma torre de 33 metros de altura, em cuja parte superior havia uma estátua da Virgem que segurava o Menino Jesus. O Filho, com os braços abertos em atitude de benção formava, no conjunto, a idéia de uma grande cruz elevada sobre a China. 
A igreja situada na metade da colina foi construída em 1894. Nas laterais da entrada há duas inscrições. Uma diz: "A capelinha encontra-se à metade da colina; façamos uma parada para acrescentar nosso afeto filial à Virgem". A outra inscrição reza: "A igreja maior encontra-se no alto da colina; subamos para implorar a benção da Mãe afetuosa". 
Há muitos canais na região de Sheshan. Os numerosos pescadores que vivem em suas embarcações são em sua maioria piedosos católicos. Anualmente, no mês de maio os pescadores vão em peregrinação ao santuário e a eles se unem outros peregrinos de diversas partes da China. A revista "Ave Maria" publicou em sua edição de 15 de setembro de 1981, uma matéria anônima intitulada "China - depois de trinta anos, grandiosa Romaria Mariana", traduzida da revista italiana "Madre di Dio", que reproduzimos abaixo. No texto, Nossa Senhora de Sheshan é chamada de "Nossa Senhora de Zozé" que pela descrição, trata-se do mesmo título mariano. "Os protagonistas deste acontecimento, que provocou muito barulho, não somente na China, mas em todo mundo, foram os pescadores da região de Shangai que, com uma pitoresca marcha sobre barcas, deram vida novamente ao Santuário de Zozé. 

NOSSA SENHORA DE SHESHAN
Relato de uma peregrinação

 
A 50 km de Sanghai, na China, encontra-se Sheshan.
Graças à beleza da paisagem e a seu clima temperado, a colina de Sheshan é um lugar de grande 
 
atração turística. No século XVIII, dois imperadores saíram de Pequim especialmente para visitar esta localidade. Um deles, o famoso Kangxi, deu-lhe o nome de "Montanha do bambu verde". Título muito apropriado, pois a colina vive coberta desta vegetação. A pintura chinesa de todas as épocas a reproduz tão graciosamente e os brotos do bambu são particularmente apreciados neste antigo povoado.  

A evangelização chegou a Sheshan em 1844. Os primeiros missionários aí construíram uma casa com cinco cômodos, reservando um deles como capela e os outros como locais de descanso. Em 1864 um religioso chinês construiu sobre a colina um quiosque hexagonal, no qual depositou uma imagem da Virgem Maria pintada por ele e venerada como "Auxiliadora dos Cristãos". A devoção à Virgem de Sheshan, "Auxiliadora dos Cristãos", difundiu-se então por toda a região, sendo celebrada anualmente no dia 24 de maio.

Atualmente há em Sheshan duas igrejas: uma, no meio da colina e outra, no alto. Esta última foi 
 
construída em 1873 e reconstruída em 1925. Possui uma torre de 33 metros de altura, em cuja parte superior havia uma estátua da Virgem que segurava o Menino Jesus. O Filho, com os braços abertos em atitude de bênção formava no conjunto a idéia de uma grande cruz elevada sobre a China.

A igreja situada na metade da colina foi construída em 1894. Nas laterais da entrada há duas inscrições. Uma diz: "A capelinha encontra-se à metade da colina; façamos uma parada para acrescentar nosso afeto filial à Virgem". A outra inscrição reza: "A igreja maior encontra-se no alto da colina; subamos para implorar a bênção da Mãe afetuosa".

 
Há muitos canais na região de Sheshan. Os numerosos pescadores que vivem em suas embarcações são em sua maioria piedosos católicos. Anualmente, no mês de maio, vão em peregrinação ao santuário e a eles se unem outros peregrinos de diversas partes da China.

A propósito, a revista "Ave Maria" publicou em sua edição de 15 de setembro de 1981 uma matéria anônima intitulada "China - depois de trinta anos, grandiosa Romaria Mariana", traduzida da revista italiana "Madre di Dio", que reproduzimos abaixo. No texto, Nossa Senhora de Sheshan é chamada de "Nossa Senhora de Zozé". Nossa ignorância a respeito do idioma chinês impede-nos de explicar porque o articulista emprega este outro nome. Mas, pela descrição, trata-se do mesmo título mariano.

"Os protagonistas deste acontecimento, que provocou muito barulho, 
 
não somente na China, mas em todo mundo, foram os pescadores da região de Shangai que, com uma pitoresca marcha sobre barcas, deram vida novamente ao Santuário de Zozé.

Na imensa planície de Shangai, cheia de canais e barcas de pescadores, desponta uma colina. No século passado, os missionários jesuítas ali edificaram uma capela. Posteriormente, pelos anos trinta, foi construído um grande Santuário Mariano sobre o ponto mais alto da colina: a Basílica de Nossa Senhora de Zozé. Construíram também um observatório que, confiscado pelo governo, funciona ainda hoje.

 
Os católicos chineses, servindo-se de centenas de barcas, costumavam subir em romaria ao santuário de Nossa Senhora. Mas desde 1949 tudo tinha desaparecido; as duas igrejas haviam sido esvaziadas e trancadas; a via-sacra, que serpenteava desde a planície até o alto, fora destruída a picareta, e o mato cobria o que era um caminho. Mas eis que no mês de março (1980) aconteceu alguma coisa de incrível, tanto que se falava até em milagre.

Já no ano anterior correra a notícia de que tinham sido vistas luzes estranhas sobre o monte e que estas tinham reaparecido no dia 15 de março. E também em outras partes da China acontecera o aparecimento de Nossa Senhora recomendando o Rosário. Os próprios jornais do Estado, para desmentir as notícias, contribuíram para com a sua difusão, e tanto, que na ocasião foi organizada espontaneamente uma romaria, durante três dias. A notícia chegou ao Ocidente por acaso, por meio de um homem de negócios que participou da mesma romaria. E logo depois outras fontes de informação vieram confirmar os fatos.



"Desde o dia 11 de março, mais de 140 barcas de pescadores já tinham 
  
chegado aos pés da colina, e vieram de longe. Eu cheguei no dia 15, partindo muito cedo, temendo não encontrar lugar no ônibus; de fato já havia uma longa fila esperando. Chegando ao lugar, calculei umas 10.000 pessoas já reunidas, vindas em barcas, ônibus, a pé, de bicicleta. O que imediatamente me chamou a atenção foi o fervor religioso dos pescadores e o clima geral de alegria. Muitos levavam velas, rosários, imagens sagradas, ou ostentavam medalhas penduradas ao pescoço. Não faltavam os rojões, sinal de alegria em todas as festas chinesas.

Creio que os rosários tinham sido adquiridos em Wenchow, cidade distante uns 360 km e que é famosa pelos "cabeças-duras". isto é, pela indomabilidade dos seus cristãos.

Já faz alguns dias que chove a cântaros; os rios e os canais cheios facilitaram a chegada das barcas, que ainda continuam chegando ininterruptamente. Observo uma numerosa família de pescadores que se aproxima com várias barcas: é um verdadeiro clã com mais de cem pessoas; dizem que partiram de casa no dia 9 de março. Reconheço um moço que chegara a Shangai no dia anterior, não sei de onde. Vêem-se peregrinos que chegam das regiões mais variadas. Pode-se dizer que toda a China está aqui representada.


 
Subindo a colina, espanto-me ao ver tanta gente. Paro diante da igreja que está na metade da encosta; na pequena praça estão ainda os pedestres onde antes se erguiam as estátuas do Sagrado Coração, de Nossa Senhora e de São José. Diante destes pedestais vazios ardem velas, e o povo reza de joelhos. Toda a colina está coberta de uma multidão em oração.

Alguns pescadores construíram uma cruz de madeira e a colocam diante da porta da igreja trancada. Mas, um pouco antes do meio-dia, outros pescadores forçam a porta e abrem a igreja. 
  
O seu interior está vazio e cheio de pó. Trinta anos de pó. Um velho perto de mim murmura: "Abrem-se as portas do céu". Creio que deviam estar ali presentes de 5 a 6 mil pessoas. Estavam presentes também a polícia, filiados do partido comunista e membros da Igreja nacional. Olhavam, sem nenhuma interferência. Existia oração, alegria, ordem; via-se claramente que quem comandava eram os pescadores.
Ao meio-dia, como se fosse dado um sinal, estouraram os foguetes, em grande quantidade, festivamente. Relancei o olhar ao redor e vi a colina toda brilhando com o fogo das velas, com as explosões dos rojões, dando um ar de festa; mas foi também uma outra coisa que me calou profundamente. Estendendo a vista para o ponto mais alto da colina, vi muita gente que subia pelo caminho da via-sacra. Subiam de joelhos, como era costume ali. Em cada um dos lugares, onde antigamente existiam as estações, paravam para rezar. Depois prosseguiam, sempre de joelhos, por grupos. Era um espetáculo impressionante: esta multidão de homens e mulheres, jovens e velhos, formava como que um cordão vivo que chegava ao pico da colina; e, quanto mais passavam mais aparecia o traçado da velha via e o caminho da cruz, e mais repontavam os restos das estações, cobertos pela vegetação.

Chego ao topo do monte. O santuário está intacto e vejo que as portas já tinham sido forçadas. A igreja está cheia; alguém, com tábuas fez um altar e o cobre com uma toalha branca e coloca sobre ele uma estátua de Cristo e depois uma estatueta de Nossa Senhora e uma fila de velas. Não consigo reter as lágrimas, e vejo também outros que choram perto de mim.

Diante do santuário, está alguém dos "católicos nacionais" que ergue a voz para convidar o povo a ir embora, mas chegam de repente alguns pescadores que com gentileza e decisão mandam-no para baixo. De tardinha desço. Cada barca se transforma em um hotel acolhedor, que convida a gente a passar a noite, de graça e com calor familiar. Encontro-me entre rostos antes nunca vistos e, no entanto me sinto em casa. Muitos outros passam a noite em oração, dentro das duas igrejas.

O dia seguinte, 16 de março, é domingo e chega ainda mais gente. Calculo que os peregrinos devem somar uns 40.000. A jornada corre como a precedente, apesar da chuva teimosa. É verdadeiramente um dia de oração, de cantos sacros, de serena alegria. A polícia vê que tudo está em ordem, observa, bate fotografias e não intervém nunca. Passo ainda uma noite numa barca que me hospeda.

17 de março. Subo ainda até a igrejinha que está na metade da estrada. Noto, em frente à cruz do dia anterior, um maço de flores frescas. Sobre os pedestais e perto das paredes foram colocadas outras estátuas diante das quais ardem velas. Uma velhinha recita em voz alta o rosário juntamente com um grupo de pessoas que responde. Aos pés duma imagem está uma família de camponeses, de joelhos, que reza em silêncio, visivelmente comovida. Chega à hora da partida. "Amanhã não será mais assim - diz um motorista de ônibus - pois a festa estará terminada".

No ônibus o povo reza ainda, os cânticos a Nossa Senhora se intercalam com as Ave-Marias, são distribuídas folhas mimeografadas para que todos possam acompanhar.
Olho ao redor de mim e vejo somente rostos felizes. Desde quando os cristãos não têm podido rezar em público! Cantar dentro de um ônibus!? Ao meu lado um velho chora silenciosamente. Não cheguei a ver fatos extraordinários, como luzes no céu ou mensagens, mas para mim esta romaria foi um verdadeiro “milagre”. "

Nossa Senhora de Sheshan, Rogai por nós que recorremos a Vós!

domingo, 7 de maio de 2023

08 de maio - Aparição de São Miguel Arcanjo no Monte Gargano

Imagem relacionada


*8 de Maio*

_*Aparição de São Miguel no Monte Gargano*_


Nos fins do século V (490), sendo Papa São Gelásio, um pastor que apascentava uma manada de vacas no alto do Monte Gargano, na Itália, província da Apúlia (Puglia), querendo obrigar um novilho a sair de uma Caverna onde se refugiara, desferiu lá dentro uma flecha, a qual voltou com a mesma velocidade, ferindo quem a lançara. 


Este fato causou admiração nos que presenciaram o acontecimento, e a notícia correu longe e chegou também aos ouvidos do Bispo de Siponto, cidade que ficava no sopé da montanha.




Resultado de imagem para apparition saint michel mont gargan

O Bispo, julgando se tratar de algum misterioso sinal da parte de Deus, ordenou um jejum de três dias em toda a Diocese, pedindo ao Senhor se dignasse revelar-lhe do que se tratava. Deus escutou as orações do Prelado e, passados três dias, apareceu-lhe o Arcanjo São Miguel, Anjo tutelar da Igreja,revelando-lhe o que Senhor queria que se edificasse naquela caverna, onde se manifestou o prodígio, uma igreja em sua honra, para reavivar a fé e a devoção dos fiéis no seu amor e proteção, como Anjo custódio da Igreja Católica. 

Resultado de imagem para apparition saint michel mont gargan

O Arcanjo apareceu-lhe diversas vezes. Estas foram as primeiras aparições do Arcanjo Michael na Europa Ocidental. 

Resultado de imagem para apparition saint michel mont gargan

Tendo o Bispo comunicado ao povo a visão que tivera e o que lhe fora pedido, foi ele próprio, com muita gente, observar o local. Encontraram uma caverna espaçosa em forma de templo, cavada na rocha, com uma fenda natural na abóbada, de onde jorrava a luz que a iluminava. Nada mais era preciso que pôr um altar-mor para celebrar os Divinos Mistérios. Levantado o altar, o Bispo consagrou-o. Todos os povos vizinhos acudiram para a cerimônia cheios de alegria e a festa durou vários dias. 


Resultado de imagem para apparition saint michel mont gargan

Nunca mais até hoje se deixou de celebrar ali a Santa Missa, como também os outros ofícios litúrgicos, e Deus consagra este lugar através dos séculos, com graças e milagres de toda a espécie, em favor dos que lá acorrem, doentes de corpo e alma, mostrando quanto Lhe é grata a devoção em honra do glorioso Arcanjo São Miguel, o qual defendeu, quando da revolta de Lúcifer, a fidelidade ao Deus Uno e Trino, soltando este grito: "QUEM É COMO DEUS?". De onde vem seu nome: Miguel. 

Imagem relacionada

O Santuário do glorioso São Miguel Arcanjo na gruta do Monte Gargano é considerado um dos mais antigos, célebres e devotos de todo o mundo. A Igreja, para atestar este fato histórico, marcou no Calendário Litúrgico Universal a festa comemorativa desta Aparição no dia 8 de maio. O papa Gelásio I determinou que uma basílica fosse erigida no local. A Basílica de São João na Tumba é o lugar de descanso final do rei lombardo Rotário (falecido em 652). A designação de tumba é agora aplicada à cúpula sobre "squinches". A Tumba de Rotárioé um batistério do século II com cobertura em forma de arredondada. O complexo de edifícios consiste na Batistério de São João, danificado em 1942 (Segunda Grande Guerra), e aIgreja de Santa Maria Maior. O Batistério apresenta um piso retangular sobre a qual apoia um suporte octógono que suporta alta cúpula. A igreja erguida no século XI pelo Arcebispo Leoa está em cima dos restos de uma antiga necrópole. 

Resultado de imagem para apparition saint michel mont gargan

O Castelo foi ampliado pelos Normandos acima de uma residência episcopal do Bispo de Benevento, para proporcionar um assento apropriado para a "Honra Montis Sancti Angeli", posteriormente foi modificado por Frederico II. O maciço campanário octogonal foi construído no final de XIII século também por Frederico II, como uma torre de vigia. Ele foi transformado em uma torre sineira por Carlos I de Anjou. 

Imagem relacionada

A caverna no seu lado esquerdo, com seu poço sagrado, está cheio de ofertas votivas, especialmente o trono em mármore,do século XII, apoiado sobre leões agachados. 

O Monte Gargano onde está este santuário, fica perto do convento de Nossa Senhora da Graça, onde viveu e morreu o célebre estigmatizado Padre Pio de Pietrelcina, falecido em odor de santidade. 

A igreja fica situada no município de Monte Sant'Angelo, que se ergue nas encostas do Monte Gargano, que faz parte doPromontório do Gargano. O Santuário do Monte de São Miguel Arcanjo (em italiano: Santuário de Monte Sant'Angelo), às vezes chamado simplesmente de Monte Gargano, é um santuário católico no monte Gargano, Itália, parte do município de Monte Sant'Angelo, na província de Foggia, no norte de Apúlia. 

Imagem relacionada

É o mais antigo santuário na Europa Ocidental dedicado ao Arcanjo Miguel e tem sido um importante local de peregrinação desde a Idade Média. O sítio histórico e seus arredores são protegidos pelo Parque Nacional do Gargano. A lenda (de legenda, história real, não fantasiosa, como o termo significa hoje) da Aparição do Arcanjo no Gargano está relatada no Breviário Romano em 08 de maio, bem como na Legenda Áurea, o compêndio de mitologia cristã compilado por Jacopo de Varazzee entre 1260-1275.

domingo, 22 de janeiro de 2023

23 DE JANEIRO – O CASAMENTO DA SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA E DO CASTÍSSIMO SÃO JOSÉ - LIVRO MÍSTICA CIDADE DE DEUS



LIVRO MÍSTICA CIDADE DE DEUS – TOMO I
Segundo Livro - Capítulo 22

CELEBRAÇÃO DO DESPOSÓRIO DE MARIA SANTÍSSIMA COM O SANTO E CASTÍSSIMO JOSÉ.

REUNIÃO DOS JOVENS NO TEMPLO

755. Chegou o dia marcado, em que nossa Princesa completava catorze anos de idade, como dissemos no capitulo precedente. Reuniram-se os jovens des­cendentes da tribo de Judá e linhagem de David, de quem descendia a soberana Se­nhora, que nessa ocasião se encontravam na cidade de Jerusalém. Pertencendo à família real de David, também foi chamado José, natural de Nazaré e residente na cida­de santa. Tinha então trinta e três anos de idade, de talhe distinto e agradável sem­blante, onde se'espelhava incomparável modéstia e gravidade. Acima de tudo, era castíssimo no proceder e pensamentos, de inclinações santíssimas; fizera, desde os doze anos, voto de castidade. Era primo em terceiro grau da Virgem Maria, de vida puríssima e irrepreensível aos olhos de Deus e dos homens.

SÚPLICAS A DEUS A MANIFESTAÇÃO DE SUA VONTADE

756. Reunidos estes homens no templo, juntamente com os sacerdotes, fizeram oração ao Senhor pedindo que fossem guiados por seu divino Espírito, no que iam realizar. Falou o Altíssimo interior­mente ao sumo sacerdote, inspirando-lhe dar uma vara seca a cada um dos jovens ali reunidos e pedirem, com viva fé, à Sua Majestade, declarar por aquele meio, quem seria o escolhido para esposo de Maria.
O perfume das virtudes da Vir­gem, a fama de sua formosura, bens e família, o fato por todos conhecido de ser primogênita e único membro da família, levava todos eles a cobiçar a sorte de a merecer por esposa.
Somente o humilde e retíssimo José, entre os presentes, se reputava in­digno de tanto bem. Lembrando-se do voto de castidade que fizera, propondo de novo sua perpétua observância, entregou-se à divina vontade, para o que dele quisesse fazer. Apesar disso, sentiu pela hones­tíssima donzela, Maria, maior veneração e apreço do que qualquer um dos outros.
José foi o indicado para esposo de Maria
757. Estando todos nesta ora­ção, floresceu somente a vara de José e, ao mesmo tempo, desceu alvíssima pomba, cheia de admirável resplendor, pousando-lhe acima da cabeça. Ao mesmo tempo, falou-lhe Deus interiormente, dizendo-lhe: - José, meu servo, tua esposa será Maria, recebe-a com reverência e cuidado, porque a meus olhos é aceita, justa e puríssima de alma e corpo, e farás tudo o que Ela te disser.
Com a revelação e sinal do céu, os sacerdotes declararam São José, escolhi­do pelo próprio Deus, para esposo da donzela Maria. Chamada para o desposório, apresentou-se a eleita como o sol, mais formosa que a lua (Ct 6, 9). Apareceu na presença de todos, com semblante mais que angélico, de incomparável beleza, modéstia e graça, e os sacerdotes despo-saram-na com o mais casto e santo dos homens, José.

MARIA DESPEDE-SE E DEIXA O TEMPLO

758. Saudosa e séria, a divina Princesa, mais pura do que as estrelas do firmamento e rainha de majestade humilíssima, despediu-se dos sacerdotes, pe­dindo-lhes a bênção. Outro tanto fez com a mestra e condiscípulas, pedindo-lhes perdão e agradecendo-lhes todos os bene­fícios que, por elas, recebera no templo.
Procedeu com grande humildade e mui breves e prudentes palavras porque, em todas as ocasiões, proferia poucas e muito ponderadas. Despediu-se do tem­plo, não sem grande sentimento, por ter que o deixar, contra a própria inclinação e desejo. Acompanharam-na alguns dos principais ministros leigos do templo, que ali serviam nas coisas temporais. Com o esposo José, dirigiram-se para Nazaré, ci­dade natural dos felicíssimos esposos.
Não obstante ter José nascido em Nazaré, dispôs o Altíssimo, por meio de alguns sucessos de fortuna, fosse viver algum tempo em Jerusalém, para ali a me­lhorar tão ditosamente, que se tornou esposo Daquela que Deus escolhera para Mãe.
Em Nazaré, Maria e José recebem visitas de felicitações
759. Chegando a Nazaré, onde a princesa do céu tinha a casa e os bens de seus felizes pais, foram recebidos e visita­dos pelos amigos e parentes, com a alegria e cumprimentos que em tais ocasiões se costumam. Tendo santamente cumprido com o natural dever de urbanidade e satis­feito estas obrigações sociais do convívio humano, ficaram sossegados José e Maria em sua casa.
Era costume entre os hebreus que, durante os primeiros dias de matrimônio, os esposos fizessem mútuo exame e experiência dos costumes e índole de cada qual, para melhor reciprocamente se adaptarem.

SÃO JOSÉ PROCURA CONHECER AS INTENÇÕES E DESEJOS DE MARIA SANTÍSSIMA

760. Disse São José à sua esposa Maria: - Esposa e Senhora minha, dou graças ao Altíssimo pela mercê de me haver escolhido, sem méritos, para vosso espo­so, quando me julgava indigno de vossa companhia. Mas, já que Sua Majestade quer exaltar o pobre e fez esta misericórdia para comigo, desejo me ajudeis, como es­pero de vossa discrição e virtude, a lhe dar a devida retribuição, servindo o Senhor com sincero coração. Para isto, considerai-me vosso servo, com o verdadeiro afeto com que vos estimo. Peço-vos queirais suprir o muito que me falta de bens mate­riais e outros predicados, que se exigiriam para ser esposo vosso. Dizei-me, Senhora, qual é vossa vontade para eu cumpri-la.

RESPOSTA DA VIRGEM. PRESENÇA DE SEUS ANJOS

761. Ouvindo estas razões a divina Esposa, com humilde coração e aprazível seriedade no semblante, respondeu ao Santo: - Sinto-me feliz, senhor meu, que o Altíssimo, ao colocar-me neste estado de vida, vos escolhesse para meu esposo e senhor, e que servir-vos fosse a expressão de sua divina vontade. Se, porém, me permitirdes, manifestarei minhas intenções e pensamentos.
Preveniu o Altíssimo, com sua graça, o sincero e leal coração de São José. Por meio das palavras de Maria Santíssima, novamente o inflamou no divino amor.
Respondeu São José: - Falai, Senhora, que vosso servo ouve.
Assistiam, nesta ocasião, à Se­nhora do mundo, seus mil anjos da guarda em forma visível, conforme Ela lhes pedira. A razão deste pedido foi permitir o Altíssimo que a puríssima Virgem se sentisse tomada de respeito e recato para falar com seu esposo, e assim agir em tudo com maior graça e mérito. Deixou-lhe a natural timidez, e receio que sempre tivera de falar a sós com um homem, o que nunca até aquele dia acontecera, a não ser, vez ou outra, com o sumo sacerdote.

MARIA CONFIA A SÃO JOSÉ SEU VOTO DE PERPÉTUA CASTIDADE

762. Obedeceram os santos an­jos a sua Rainha e lhe assistiram, vendo-os só Ela. Assim acompanhada, falou a São José: - Meu Senhor e esposo, é justo que, com toda a reverência, louvemos e glorifiquemos nosso Deus e Criador, infinito na bondade, incompreensível em seus desíg­nios. Deus nos manifestou sua mise­ricórdia, escolhendo-nos a nós, pobres, para servi-lo.
Entre todas as criaturas, reconheço-me por mais devedora do que qualquer uma delas, ou do que todas juntas, porque, merecendo menos, recebi mais de sua mão liberalíssima. Em meus primeiros anos, compelida por esta verdade e pelo des­prendimento de todas as coisas visíveis que a divina luz me comunicou, consagrei-me a Deus com perpétuo voto de ser casta de alma e corpo. A Ele pertenço e o reco­nheço por Esposo e Senhor, com imutável vontade de lhe guardar fiel castidade.
Para cumpri-lo, meu Senhor, que­ro que me ajudeis e, no mais, serei vossa fiel serva, para cuidar de vossa vida, enquanto durar a minha. Concordai, meu esposo com esta determinação. Confir-mando-a com a vossa, ofereçamo-nos em agradável sacrifício a nosso eterno Deus, para que nos receba em odor de suavi­dade, e possamos alcançar os bens eternos que esperamos.

RESPOSTA DE SÃO JOSÉ

763. Repleto de interior júbilo com as razões de sua divina esposa, o castíssimo José lhe respondeu: - Declarando-me, Senhora, vossos propósitos e castos pensamentos, penetras te s meu coração, que não quis abrir antes de co­nhecer o vosso. Reconheço-me também, entre os homens, pelo mais devedor ao Senhor de toda a criação, porque, muito cedo, me atraiu com sua verdadeira luz, para que o amasse na retidão de coração.
Quero saibais, Senhora, que, aos doze anos de idade, também fiz promessa de servir ao Altíssimo em castidade perpé­tua. Volto agora a ratificar meu voto, para não impedir o vosso, antes, na presença de Sua Alteza, prometo-vos ajudar, quanto estiverem minhas forças, para que, em toda pureza, O sirvais e ameis, conforme vosso desejo. Com a divina graça, serei vosso fidelíssimo servo e companheiro. Suplico-vos, aceiteis meu casto afeto e me considereis vosso irmão, sem jamais admitir outro amor estranho, fora do que deveis a Deus e depois a mim.
Durante esta palestra, o Altíssimo confirmou novamente o coração de São José, na virtude da castidade e no amor santo e puro que deveria nutrir por sua santíssima esposa Maria. Assim o teve o Santo, em grau eminentíssimo, que a prudentíssima conversação da Senhora, contínua e docemente aumentava, arrebatando-lhe o coração.

DISTRIBUEM OS BENS HERDADOS DE SANT’ANA E SÃO JOAQUIM

764. Mediante a divina graça que Deus lhes infundia, sentíramos santíssimos e castíssimos esposos incomparável júbi­lo e consolação. A divina Princesa ofere­ceu-se a São José para corresponder a seus desejos, como Senhora das virtudes que, sem contradição, praticava em todas o mais elevado e excelente.
Comunicou o Altíssimo a São José nova pureza e domínio sobre a natu­reza e suas paixões, para que sem rebelião nem solicitação, mas com admirável e nova graça, servisse sua esposa Maria, e Nela, à vontade e beneplácito do Senhor.
Em seguida, distribuíram os bens herdados de São Joaquim e Sant'Ana, pais da Santíssima Senhora. Uma parte oferece­ram ao templo onde ela vivera, outra foi aplicada aos pobres e a terceira deixou ao cuidado de São José para administrá-la. Para si, nossa Rainha reservou somente o cuidado de servi-lo e trabalhar no interior de seu lar.
Do movimento externo, do uso do dinheiro para compras e vendas, sempre se eximiu a prudentíssima Virgem, como disse em outra parte(3)

SÃO JOSÉ DESEMPENHA O OFÍCIO DE CARPINTEIRO

765. Aprendera São José, na in­fância, o ofício de carpinteiro, trabalho honesto e acomodado para adquirir o sustento da vida, pois era pobre de for­tuna, como acima disse. Perguntou à Santíssima Esposa se gostaria que exer­citasse aquele ofício, para servi-la e ganhar alguma coisa para os pobres, porquanto era necessário trabalhar e não viver ocioso. Concordou a Virgem prudentíssima, advertindo a São José que o Senhor não os queria ricos, mas pobres e amantes dos pobres, dando para estes o que lhes sobrasse.
Em seguida, travaram os santos esposos santa contenda, sobre qual dos dois obedeceria ao outro como superior. Venceu a humildade de Maria Santíssima, que entre os humildes era humilíssima. Não consentiu que, sendo o homem a cabeça, se pervertesse a ordem da mesma natureza. Quis em tudo obedecer a seu esposo, pe­dindo-lhe liberdade somente para dar esmolas aos pobres do Senhor, o que o Santo lhe concedeu.

REVERÊNCIA DE JOSÉ POR MARIA

766. Reconheceu São José, com nova luz do céu, os predicados de sua esposa Maria, sua rara prudência, humil­dade, pureza e demais virtudes, superiores a qualquer pensamento e ponderação. Aumentou-se-lhe a admiração por ela, e cheio de grande júbilo espiritual, não ces­sava, com ardentes afetos, de louvar e agradecer ao Senhor, por lhe ter dado companhia de esposa tão acima de seus méritos.
Para que esta ocorrência fosse em tudo perfeitíssima, pois era o princípio da maior obra que Deus realizaria com toda sua onipotência, fez que a Princesa do céu infundisse, com sua presença, no coração de seu esposo, tão grande temor e reverên­cia, que nenhuma espécie de palavras pode traduzir.
Tal reverência originava-se de certa refulgência, ou raio de luz divina, desprendida do rosto de nossa Rainha, unida à inefável majestade que sempre a acompanhava. Se isto sucedera a Moisés, quando desceu do monte (Êx 34, 30), com maior razão aconteceu à Virgem, pois muito mais prolongado e íntimo era o seu trato e conversação com Deus.

DEDICAÇÃO DE MARIA POR JOSÉ

767. Em breve, teve Maria Santíssima uma visão do Senhor, duran­te a qual lhe disse Sua Majestade: -Esposa minha, diletíssima e escolhida, vê como sou fiel em minha palavras, para os que me amam e temem. Corresponde, pois, agora à minha fidelidade, guardan­do as leis de esposa minha, em santidade, pureza e toda perfeição. Para isso, te ajudará meu servo José. Obedece-lhe como deves e cuida de seu bem-estar, que essa é minha vontade.
Respondeu Maria Santíssima: -Senhor, eu vos louvo e exalto pela vossa admirável providência por Mim, indigna e pobre criatura. Meu desejo é obedecer-vos e vos agradar como vossa serva, mais obrigada que qualquer outra criatu­ra. Dai-me, Senhor, vosso auxílio divino, para que, em tudo, me assistais, segun­do vosso maior agrado e também para que atenda às obrigações do estado em que me pusestes. Ajudai-me para que, como vossa escrava, não me afaste de vossas ordens e beneplácito. Dai-me vossa licença e bênção, para que acerte em obedecer e servir a vosso servo José, como Vós meu Senhor e Criador me ordenais.

AS VIRTUDES, FUNDAMENTO DO LAR DE JOSÉ E MARIA

768. Sobre estes divinos alicer­ces, fundou-se o lar e matrimônio de Maria e José. Desde oito de setembro, dia do desposório, até vinte e cinco de março seguinte, quando se realizou a Encarnação
do Verbo divino , os dois esposos foram sendo preparados pelo Altíssimo, para a obra para qual os escolhera. Ordenou a divina Senhora sua casa e modo de viver, como direi nos capítulos seguintes.

ADMIRAÇÃO DA ESCRITORA PELA FELICIDADE DE SÃO JOSÉ

769. Agora, não posso deixar de congratular-me com a boa sorte do mais feliz dos nascidos, São José. De onde, ó homem de Deus, vos veio tamanha felici­dade e ventura que, entre os filhos de Adão, só de vós se dissesse ser vosso o mesmo Deus, e tão somente vosso, que fosse reputado por vosso único Filho? O eterno Pai vos dá sua Filha, o Filho vos confia sua real e verdadeira Mãe, o Espírito Santo vos confia sua Esposa. A beatíssima Trindade vos entrega sua eleita, única e escolhida como o sol, concedendo-a por vossa legítima esposa.
Conheceis, meu Santo, vossa dignidade? Compreendeis ser vossa es­posa, a Rainha e Senhora do céu e da terra, e vós, o depositário dos inestimá­veis tesouros de Deus? Velai pelos vossos interesses. Sabei, que se não causais in­veja aos anjos e serafins, eles ficam admi­rados e suspensos por causa da vossa sorte, e pelo sacramento oculto em vosso matrimônio.
Recebei parabéns por tanta ven­tura, em nome de toda a linhagem humana. Sois arquivo das divinas misericórdias, dono e esposo daquela a quem só Deus é superior. Ficaste rico e próspero entre os homens e os anjos. Lembrai-vos de nossa pobreza e miséria, e de mim, o mais vil bichinho da terra, que desejo ser vossa fiel devota, beneficiada por vossa poderosa intercessão.

DOUTRINA DA RAINHA DO CEU.

QUALQUER ESTADO DE VIDA É SANTIFICANTE

770. Minha filha, o exemplo de minha vida no estado do matrimônio, no qual o Altíssimo me colocou, censura a desculpa alegada por aqueles que, vivendo casados no século, dizem que não podem ser perfeitos. Para Deus nada é impossível, e tampouco o é para quem, com viva fé, Nele espera e se entrega à sua divina dis­posição.
Eu vivia na casa de meu esposo, com a mesma perfeição que no templo. Mudando de estado, em nada mudei no afeto, desejo e cuidado de amar e servir a Deus. Pelo contrário, aumentei estes sen­timentos, a fim de não serem embaraçados pelas obrigações de esposa. Por isto, me assistiu mais a graça divina, e por sua mão poderosa, Deus dispunha e acomodava todas as coisas, de acordo com meus dese­jos.
O mesmo faria o Senhor com to­das as criaturas, se de sua parte, lhe correspondessem. Culpam o estado do matrimônio, enganando-se a si mesmas, porque o impedimento para serem perfei­tas e santas não é o estado de vida. São-no os cuidados vãos e solicitudes supérflu­as a que se entregam, pondo de lado o gosto do Senhor, para antepor e procurar o delas.

VIDA RELIGIOSA, ESTADO DE PERFEIÇÃO.

771. Se no mundo não há descul­pa para dispensar a busca da perfeição da virtude, menos haverá na vida religiosa, alegando os ofícios e ocupações dela. Nun­ca te imagines impedida pelo teu cargo de prelada, porquanto tendo-te Deus posto nele, através da obediência, não deves duvidar de sua assistência e amparo. Naquele mesmo dia, tomou por sua conta, dar-lhe forças e auxílios para atenderes a tuas obrigações de superiora, e também a de tua pessoal perfeição, com a qual deves amar teu Deus e Senhor. Empenha-o com o sacrifício de tua vontade, e com humilde paciência, em tudo que sua divina providência ordena. Se não lhe resistires, asseguro-te sua proteção, e por experiência sentirás seu poder, sempre governando e dirigindo perfeitamente todos os teus atos.


ADQUIRAM A COLEÇÃO DOS 4 TOMOS DO LIVRO MÍSTICA CIDADE DE DEUS
ENTREM EM CONTATO NO TEL:

PARTICIPEM DOS CENÁCULOS DE ORAÇÕES E DO MOMENTO SUBLIME DA APARIÇÃO, INFORMAÇÕES PELO

TEL DO SANTUÁRIO : (0XX12) 99701-2427

Desde o dia 7 de fevereiro de 1991, há 21 anos, Nosso Senhor Jesus Cristo, Maria Santíssima, São José, o Divino Espírito Santo, os Anjos e os Santos, vem aparecendo diariamente em Jacareí, São Paulo, Brasil, às 18:30hs (hora de Brasília). Ela se apresenta como Rainha e Mensageira da Paz e faz um último apelo à conversão, através de um jovem: Marcos Tadeu, que no início das Aparições tinha 13 anos apenas. São as mais intensas Aparições da história de nosso país, e Maria Santíssima diz que são as últimas Aparições para a Humanidade. A Mãe de Deus pediu que fosse feita todos os dias, às oito horas da noite, a Santa Hora da Paz a fim de que as famílias se convertam e o mundo tenha Paz. Ela prometeu a Sua proteção às famílias que a fizerem todos os dias. Nossa Senhora diz que as Aparições de Jacareí e a de Medjugorje (ex-Iugoslavia) são a continuação e a CONCLUSÃO de Fátima.

segunda-feira, 7 de março de 2022

NOSSA SENHORA DE HRUSHIV - UCRÂNIA

NOSSA SENHORA DE HRUSHIV - UCRÂNIA


A primeira aparição ocorreu duas semanas antes da Primeira Guerra Mundial, em 12 de maio de 1914, na vila de Hrushiv. Vinte e duas pessoas, que estavam cortando campos perto da igreja local da Santíssima Trindade, testemunharam uma aparição da Virgem Maria. Ela lhes disse: “Haverá uma guerra. A Rússia se tornará um país sem Deus. A Ucrânia, como nação, sofrerá terrivelmente por oitenta anos – e terá que sobreviver às guerras mundiais, mas estará livre depois.” Pessoas de toda a área se reuniram para ver a aparição – que durou até o dia seguinte.


O povo de Hrushiv havia plantado um salgueiro-chorão no local há muitos anos, comemorando uma aparição da Mãe Santíssima cerca de 350 anos antes. Mais tarde, uma fonte apareceu de repente debaixo da árvore. Durante a grave epidemia de cólera de 1855, uma pessoa local sonhou que a Virgem havia instruído os moradores a limpar e recuperar a antiga fonte e realizar a missa. Nenhuma morte por cólera foi relatada depois.

Então, em 26 de abril de 1987, setenta e três anos depois de 1914 e exatamente um ano após o desastre do reator nuclear de Chernobyl, uma luz brilhante cobriu esta igreja da Santíssima Trindade e os arredores. Um programa de televisão até registrou parte desse fenômeno de luz. De dentro desse “impressionante deslumbramento prateado” sobre a igreja, a Virgem Maria apareceu e flutuou sobre a cúpula da igreja.


Ela apareceu pela primeira vez para Marina Kizyn, de 12 anos, que imediatamente ligou para sua mãe e alguns vizinhos – que então vieram, e todos a viram lá também. Logo, centenas e depois milhares vieram de toda a Rússia para ver as aparições que continuaram todos os dias até 15 de agosto de 1987. Estima-se que um total de 500.000 pessoas a viram quando essas aparições terminaram. Na maioria dos dias, a multidão pode atingir de 45.000 a 70.000 pessoas ao mesmo tempo. Nem a milícia soviética nem a KGB podiam começar a administrar as multidões. A Virgem Maria foi vista até pelos agentes da KGB! Muitos padres (de igrejas católicas clandestinas) vieram e forneceram até dez missas sagradas por dia em frente à igreja. Muitas mensagens foram documentadas:


“Vim de propósito para agradecer ao povo ucraniano porque você sofreu mais pela igreja de Cristo nos últimos 70 anos. Eu vim para consolá-lo e dizer-lhe que seu sofrimento logo chegará ao fim. A Ucrânia se tornará um estado independente.”


“Ensine as crianças a rezar. Ensine-os a viver na verdade e a viver na verdade. Reze o Rosário. É a arma contra Satanás. Ele teme o Rosário. Recite o Rosário em qualquer reunião de pessoas.”


“Eu vim para consolá-lo e dizer-lhe que seu sofrimento terminará em breve. Eu os protegerei para a glória e o futuro do reino de Deus na terra, que durará mil anos. O Reino dos Céus e da Terra está próximo. Ela virá somente através da penitência e do arrependimento dos pecados.”


“O Deus Eterno está chamando você. É por isso que eu fui enviado a você. Você na Ucrânia foi a primeira nação a ser confiada a mim. (O governante Yaroslav, o Sábio, dedicou a Ucrânia à Santíssima Mãe de Deus no ano de 1037.) Ao longo de sua longa perseguição, você não perdeu a fé, a esperança ou o amor. Sempre rezo por vocês, meus queridos filhos, onde quer que estejam”.


Nossa Senhora previu que a Ucrânia “sofreria terrivelmente por oitenta anos” antes de conquistar a independência. A Ucrânia teve sua declaração de independênciaatificada em Kiev em 24 de agosto de 1991 – cerca de 77 anos após a previsão de Maria Santíssima em 1914!


www.aparicoesdejacarei.com.br







terça-feira, 7 de julho de 2020

APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DA COVA DA CRUZ- BUGARREL-TOMAR, PORTUGAL- ANIVERSÁRIO 5 DE JUNHO



APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA EM BUGARREL, PORTUGAL



APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DA COVA DA CRUZ- BUGARREL-TOMAR, PORTUGAL- ANIVERSÁRIO 5 DE JUNHO


Perto de Tomar, entre Serra e Chão das Maias, no lugar de Bugarrel, há uma capela que marca uma Aparição de Nossa Senhora. 
Nossa Senhora apareceu a Olinda Sereno. Mais tarde Nossa Senhora a chamou de Olinda Maria do Céu, nome pelo qual ficaria sempre conhecida. 
Esta Aparição aconteceu a 5 de junho de 1947 tendo Olinda Maria 14 anos. Ela era de família muito pobre, simples e humilde. Quando seguia, junto com sua irmã, a pé de casa, de Chão das Maias para a igreja de Serra onde ia assistir à missa, a 40 minutos de caminho,  ao passar em Bugarrel viu uma linda Senhora em cima de um sobreiro. Era uma Senhora triste, num vestido roxo, com uma coroa em torno da cabeça. Ela se apelidou de Nossa Senhora do Rosário da Cova da Cruz.
Desde então foram muitos os devotos que se deslocaram em romaria ao local, acreditando tratar-se de uma visão tão verdadeira como a de Fátima. Para acabar com a crendice vários homens da aldeia organizaram-se e mandaram abaixo a árvore das Aparições, mas António Francisco, morador local, conta que, “os que cortaram o sobreiro, alguns ainda seus familiares, nunca mais tiveram sorte na vida. Nem os bois que carregaram a lenha escaparam. Deixaram de comer, levaram-nos para serem vendidos na feira mas acabaram por morrer”.
 Aí construíram uma capela onde Olinda rezava todos os dias. Espaço muito simples, sem paredes, e de telha vã.  Do Sobreiro resta só um pequeno tronco que se mantem no exato local da Aparição. Está guardado por trás de um gradeamento de ferro pintado de azul, nas traseiras do pequeno altar onde já não há imagem, porque estas tiveram que ser retiradas e guardadas por causa dos mal-intencionados e assaltantes.

Na entrada do pequeno recinto tem uma cruz com duas colunas de cada lado e no cimo delas, dentro de uma redoma opaca, duas imagens que se crê ser o Sagrado Coração de Jesus e de Maria.
Por cima do simples altar lê-se a inscrição “Vinde a Mim Todos”
Aqui, a vidente Olinda Maria do Céu passada dias inteiros em oração, sempre ajoelhada nos degraus do altar, muitos desses dias sem comer nem beber, em dias de muito frio ou de muito calor - testemunha a senhora Conceição Carvalho que conviveu com ela alguns anos. Ela fazia, assim, o mais rigoroso jejum e penitência pelos pecadores. 
As Aparições iniciaram-se aqui, em 1947 com o Nome de NOSSA SENHORA DA COVA DA CRUZ, e em Asseiceira- Rio Maior, a 16 km de distância apenas, ao menino Carlos Alberto de 11 anos em 1954 com o nome DE MÂE DO REDENTOR. Os dois nomes se associam e Carlos Alberto chegou a se encontrar com a vidente Olinda Maria e rezaram juntos, nesta mesma capela.  Maria Olinda teve as Aparições todos os meses, no dia 14 de cada mês. Assim aconteceu até perto da morte da vidente em 1974. O vidente Carlos Alberto teve as Aparições de Nossa Senhora nos dias 16 de cada mês, entre maio e dezembro de 1954 de  e janeiro de 1955.
Maria Olinda sofreu de tudo, foi apedrejada na via pública e observada em hospitais psiquiátricos. 
“António Francisco lembra também que várias pessoas lhe garantiram ter visto, na companhia de Olinda, o sol a dançar e a mostrar-se de várias cores. “Na altura a Igreja não tinha interesse em que houvesse aqui outra Cova da Iria e por isso o padre fez tudo o que pôde para abafar o caso. Foi o padre que estragou tudo”, conta. Pouco tempo depois de muitos afirmarem terem visto as manifestações, acabaram por desmenti-las. “( do jornal, o Mirante) 
Aqueles que acreditaram e rezavam com ela acabaram traindo a vidente e Nossa Senhora deixando- a praticamente só, apenas uma senhora, mãe de Conceição Carvalho, de quem obtivemos a maioria destas informações, é que permaneceu a seu lado contra tudo e todos e a defendeu até ao fim. O padre lhe negou a comunhão a ela e a outras pessoas devotas; foi excluída da igreja tendo que participar da eucaristia fora da porta da mesma. Então durante a Aparição vinha um anjo trazer-lhe a comunhão, anjo esse que ela mandou fazer a imagem a pedido de Nossa Senhora. Outras imagens fora  m feitas, também a pedido de Nossa senhora e se encontram guardadas na capelinha das Aparições. Segundo informa Conceição Carvalho, a própria Mãe do Céu falava a Olinda e dizia onde, como achar o material para construir a capelinha e que medidas tomar para isso, visto que a vidente não sabia ler nem escrever. De tudo ela providenciou e a capelinha foi feita.

“Entre os vários milagres de que há registo, António lembra a história de um homem coxo que todos os dias 14 rezava na capelinha até que um dia deixou de coxear e pendurou a bengala no interior do telheiro. Ali ficou durante mais de vinte anos como testemunho do feito. O teto da pequena capela está coberto de imagens de cera, como ex-votos de agradecimento pelas milhares de graças e curas que Nossa Senhora concede neste local.
Olinda faleceu em 1974, tinha 41 anos.  Apesar de tanto ter sofrido nunca negou as Aparições. O pároco recusou-se a sepultá-la dentro do cemitério. Por insistência do povo acabou por ser enterrada mesmo no limite, colada ao muro. Conta Conceição Carvalho que quando faleceu a irmã da vidente, a mesma que se encontrava com ela quando se deu a primeira Aparição, foi levantado e aberto o caixão da vidente e que muitos afirmaram que a viram incorrupta, mas então abafaram o caso e o pároco da época deu sumiço no corpo e ninguém mais sabe onde se encontra.
Algumas mensagens foram transmitidas pela vidente em forma de verso, eis aqui alguns:

Aqui é Chamada a Cova da Cruz
Assim nos falou a Mãe de Jesus

Penitência e oração nos manda fazer
Rezar pelas almas que estão a morrer

A Cova da Cruz é uma santa terra 
Este povo não a quer, não acaba a guerra

Chora Lágrimas de Sangue a Mãe de jesus,
Neste Santuário da Cova da Cruz

Nos Santos Milagres não quiseram crer,
Ai do mundo, ai do mundo que sofre e vai gemer

A Virgem Maria, nos veio dizer,
Rezai pelos pecadores para se converterem

Na Cova da Cruz bela e poderosa
Cai chuva do Céu, cai Chuva de Rosas

No mundo a guerra não acabará
Mas Meu Coração Triunfará

Foi nesta montanha que chuva caiu,
A chuva de sangue que muitos a viu

Na Cova da Cruz meus olhos verão,
As águas em sangue se transformarão

A Cova da Cruz a rezar eu vou
A Água em vinagre se transformou

Na Mãe de Jesus não quiseram crer,
Nos últimos tempos virão a correr

De choros e gritos, será um terror,
No chão cairão gemendo de dor.

Na última hora, a correr virão
Joelhos por terra, assim cairão.

A Mãe e Jesus sempre aqui estão
Pro povo eleito receber o perdão.

Este chão que vou pisando, é da Mãe do Salvador.
É abençoado e tão mal tratado…aqui mora Nosso Senhor.

Dizei para os pequeninos que aqui é a luz do dia
Que neste santuário, sobreiro sagrado, falou a Virgem Maria.

Virgem Mãe, Nossa senhora, Nossa Senhora das Dores
Neste Santuário, no monte Calvário, fez cair chuva de flores.



SOU ALGUÉM QUE QUER A SUA SALVAÇÃO

TODOS OS DIAS ÀS 8 HORAS DA NOITE TRANSMISSÃO AO VIVO DA HORA DA PAZ DIRETO DO SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA RAINHA E MENSAGEIRA DA PAZ EM JACAREÍ.


AOS SÁBADOS TRANSMISSÃO ÀS 7 HORAS DA NOITE.


DOMINGOS ÀS 10 HORAS DA MANHÃ





TELEFONE DO SANTUÁRIO: 0XX12 99701-2427







ENDEREÇO DO SANTUÁRIO DAS APARIÇÕES:

ESTRADA ARLINDO ALVES VIEIRA, N. 300
BAIRRO CAMPO GRANDE
JACAREÍ -SÃO PAULO


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...