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domingo, 28 de maio de 2023

As Aparições do Sagrado Coração de Jesus a vidente Santa Margarida Maria Alacoque-Paray-le-Monial-França

FILME - VOZES DO CÉU 2 - AS APARIÇÕES DE JESUS À VIDENTE SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE - FRANÇA
Edição e narração do vidente Marcos Tadeu Teixeira
Santuário das Aparições de Jacareí-SP-Brasil
A VIDENTE: SANTA MARGARIA MARIA ALACOQUE

Jacareí, 08 de Dezembro de 2006 



Mensagem de Santa Margarida Maria Alacoque (Vidente do Sagrado Coração de Jesus) comunicada ao vidente Marcos Tadeu em Jacareí-Brasil

 Marcos, Eu Sou Margarida Maria Alacoque, a vidente do Sagrado Coração de Jesus de Paray-le-Monial. Eu também amo e defendo este lugar com a Graça que me concedeu o Senhor Deus Todo Poderoso. Velo por este lugar e cada vez que algum mal se aproxima dele, de ti e dos teus companheiros, logo eu já levanto o Sacratíssimo Coração de Jesus, brado Seu Nome e debelo assim os males que contra este lugar se levantam. Da mesma forma defendo todo aquele que divulga as Mensagem dos Sacratíssimos Corações Unidos deste lugar e que lutam e que trabalha pelo bem deste lugar. 
Eu desejo que as primeiras sextas feiras do mês em desagravo ao Coração de Jesus e os primeiros sábados voltem a ser praticados com o fervor e a devoção do início. 
Desejo que essa devoção reparadora aos Corações de Nosso Senhor e da Mãe de Deus unida também a devoção ao Coração Amantíssimo de São José no Primeiro Domingo se espalhe e seja praticada por todos. 
Se o rei da França tivesse ouvido os apelos que Nosso Senhor lhe dirigia por meio de mim, se ele tivesse feito a devoção reparadora ao Coração Jesus e feito com que todo o reino de França também a praticasse não teria havido a revolução Francesa com seus males e suas perseguições contra a Santa Fé Católica e os servos de Deus. 
Da mesma forma, se vós não fizerdes esta devoção reparadora e não a espalhardes, virão graves sofrimentos para vós no Brasil e para o mundo. Tão graves e até piores do que aqueles que vieram sobre o reino da França por não terem obedecido as Mensagens de Nosso Senhor em Paray-le-Monial. 
Por isso eu lhes peço, a todos vós, que espalhes a devoção reparadora aos Corações Unidos; Que rezeis o Santo Rosário Meditado diariamente. Que coloqueis os Três Sagrados Corações Unidos entronizados em Vossos Lares e que diante deles nas primeiras Sextas, Sábados e Domingos consagreis vossas famílias, consagreis as vossas almas e façais assim ato de reverencia de desagravo e renovação das promessas do vosso batismo, da vossa fé e da vossa Consagração aos Sacratíssimos Corações Unidos por toda Eternidade. 
Se isto for feito atraireis a misericórdia de Deus. 
Se não for feito atraireis a justiça, a cólera e os castigos de Deus. Santos são os decretos do Senhor e justos os Seus desígnios. 
Marcos, eu te abençoo com todos aqueles que são caros aos teus corações , a todos os vossos corações. 
Abençoo-te e abençoo a todos aqueles que são caros ao seu coração também e hoje, mais uma vez repito: 
Que reine o Coração de Jesus em todas as Nações, em todos os povos agora e pelos séculos sem fim!”


NOSSA SENHORA NAS APARIÇÕES DE JACAREÍ-SP-BRASIL NOS REVELOU POR MEIO DO SEU VIDENTE MARCOS TADEU A SANTA HORA DE ORAÇÃO E DEVOÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

25/05/08 – ( Festa do Aniversário das Aparições de Caravággio)
Revelação da Hora do Sagrado Coração de Jesus - todas as sextas-feiras às 9hs da noite.
Mensagem de Maria Santíssima

"-Meus filhos... Hoje, quando vocês Me contemplam na Minha APARIÇÃO em CARAVÁGGIO, à Minha filhinha GIANNETTA VACCHI e já festejam este acontecimento; Eu novamente vos convido ao ‘Amor Verdadeiro’ que agrada a DEUS...

Imitai a Minha filhinha GIANETTA e seu amor, em sua prontidão, em tudo aquilo que Eu digo em Minhas Mensagens! Imitai... os meus videntes, os Meus Santos, que em toda a Sua vida: Me amaram, Me serviram; sem colocar nenhuma restrição ou condição no Seu amor por Mim!

Segui-Me pela estrada da Santidade... pela estrada do Amor... pela estrada da Perfeição! Procurai ter em vós todas as virtudes, para que as vossas almas, não seja um Pântano onde só reina a morte. Mas que as vossas almas seja um jardim; onde toda flor cresce, abre-se, desabrocha e exala o perfume celeste da Graça de DEUS!

Convido-vos, de hoje em diante a rezardes mais, para que seja apressado o 2º PENTECOSTES MUNDIAL, e para que o Meu CORAÇÃO IMACULADO triunfe o quanto antes, purificando e renovando este mundo.

Não duvidem nem por um instante Meus filhos!... O Meu CORAÇÃO triunfará!... E essa sociedade atéia que voltou a ser pagã, contrária a DEUS e à Sua Palavra; DESAPARECERÁ para dar lugar à nova humanidade, à nova sociedade onde Eu serei a Rainha Absoluta e onde DEUS será de novo Adorado, Servido e Amado como no Princípio da Criação, quando não havia o pecado!

O Meu CORAÇÃO triunfará, creiam os homens ou não!... Esperem isso os homens ou não!... O Meu CORAÇÃO IMACULADO será, finalmente, Senhor de todas as almas e de todos os corações.

Para apressar este Triunfo Meu amado Marcos, quero pedir uma nova coisa:

Quero que faças para esses Meus filhos "A HORA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS", todas as sextas-feiras às 9hs da noite.

Nesta HORA incluirás a Adoração da Santa Cruz, que nas sextas-feiras sempre devem ser feita pelos Meus Filhos, com amor!

Poderá colocar Nesta HORA de ORAÇÃO, o Terço do SAGRADO CORAÇÃO; ou o Terço da PAIXÃO; ou o Terço das SANTAS CHAGAS; ou o Terço da DIVINA MISERICÓRDIA; isto deixo-o a teu gosto.

Depois, colocarás uma Mensagem do Meu Divino Filho JESUS CRISTO, dada Nestas Aparições.

Colocarás também antes do Terço, 10 minutos de meditação, para que os Meus filhos verdadeiramente mergulhem, no Oceano da Misericórdia e Graça do Meu Filho JESUS!

Intercalarás com a Adoração, intercalarás com Orações de Reparação e de Expiação. E por fim, com uma breve Consagração ao SAGRADO CORAÇÃO do Meu FILHO.

Desta forma darás ao CORAÇÃO DE JESUS, grande Glória, grande Louvor e grande Reparação! E com esta poderosíssima Oração, acelerarás o TRIUNFO dos Nossos CORAÇÕES UNIDOS no mundo inteiro!

Sei que Me farás mais esta grande Obra, pela qual e este lugar será elevado a uma dignidade sem par no mundo todo. E com esta grande Obra, saiba, Meu filho, o TRIUNFO DO SAGRADO CORAÇÃO do Meu FILHO unido ao MEU, profetizado desde Paray-Le-Monial até os dias de hoje, certamente se realizará!... Eu to prometo-lhes!

Vai Meu filho mais amado e querido, a quem posso confiar e encarregar grandes tarefas, pois sei que não serei decepcionada nunca!

Vai, faz o que te digo e verás... como o CORAÇÃO do Meu DIVINO FILHO derrubará um dilúvio de MISERICÓRDIA, sobre ti e sobre o mundo inteiro...

A paz Marcos..."

Santa Margarida Maria Alacoque – Confidente do Sagrado Coração de Jesus
Essa grande santa visitandina nasceu em Verosvres (França), em 22-7-1647, e três dias depois recebeu o batismo.

Ainda muito pequena, bastava alguém dizer-lhe que tal coisa ofendia a Deus, para que ela compreendesse imediatamente que não se devia fazer. A menina Margarida Maria rezou certo dia: “Ó meu Deus, eu Vos consagro minha pureza e Vos faço o voto de castidade perpétua”. Mais tarde, ela própria disse que não sabia o que significava“voto de castidade perpétua”, mas sentiu-se inspirada a fazer essa consagração.

Quando contava oito anos, devido à morte de seu pai, passou dois anos como aluna no convento das clarissas, em Charolles, e fez ali sua primeira comunhão. Vendo o bom exemplo das religiosas, nasceu em sua alma a vocação religiosa.

Como um indício da grande vocação a que ela era chamada, é oportuno lembrar um fato de sua vida: muito devota da Santíssima Virgem, rezava todos os dias o terço de joelhos. Mas um dia rezou-o sentada. Nossa Senhora apareceu-lhe e a repreendeu: “Estranho muito, minha filha, que me sirvas com tanto desleixo”.

Mais tarde, quando manifestou a familiares seu desejo de ser religiosa, esses pressionaram-na para que entrasse no convento das ursulinas. Ela respondia: “Eu quero ir às visitandinas, em um convento bem longe, onde não tenha nem parentes nem conhecidas, porque não quero ser religiosa senão por amor de Deus”.

Afinal, aos 24 anos, seu desejo se cumpriu, depois de 10 anos de provações. Entrou no convento das visitandinas de Paray-le-Monial da Ordem da Visitação de Santa Maria — instituição religiosa fundada por São Francisco de Sales (1567-1622) e Santa Joana de Chantal (1572-1641). Esse convento francês fora escolhido por Nosso Senhor para, a partir daí, mais intensamente expandir pelo mundo inteiro a devoção a seu Sacratíssimo Coração.

Como religiosa nesse convento, por três ocasiões sucessivas o Divino Redentor apareceu-lhe com o Sagrado Coração à mostra, fez-lhe ver o desejo ardente que tinha de salvar os pecadores e pediu a instituição de uma festa litúrgica para honrá-Lo, bem como a comunhão reparadora das primeiras sextas-feiras do mês.

Tal missão não se realizaria senão com muitas lutas e sofrimentos. Ela era criticada dentro e fora do convento. Internamente, criticava-se tal devoção como sendo uma “novidade extravagante”; externamente, era criticada pelos jansenistas* — os progressistas da época. Esses atacavam virulentamente o culto ao Sagrado Coração e à Eucaristia.
Entretanto, o Divino Redentor quis servir-se da santa religiosa visitandina para difundir universalmente a devoção. Após sua morte, em 1690, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus estendeu-me muito, não apenas na França, mas por outros países. Ela foi canonizada em 1920, pelo papa Bento XV**.

O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS.
            
            A Primeira Sexta-feira de cada Mês.
           
                       INTRODUÇÃO.

         Como conseqüência das aparições de Nosso Senhor a Santa Margarida Maria Alacoque no mosteiro de Paray-le-Monial a partir de 1673, este culto teve um incremento notável e adquiriu a sua feição hoje conhecida. Nenhuma outra comunicação divina, fora as da Sagrada Escritura, receberam tantas aprovações e estímulos da parte do Magistério da Igreja como esta.
         Entre os documentos mestres nesta matéria encontramos a encíclica de Pio XII, “Haurietis aquas”, de 15 de Maio de 1956. Pio XII salienta que é o próprio Jesus que toma a iniciativa de nos apresentar o Seu Coração como fonte de restauração e de paz:
            “Vinde a mim, todos vós, que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mt. 11, 28-30)
         Não é por acaso que as aparições a Santa Margarida Maria deram-se num momento crucial em que se pretendia afirmar secularização e que a devoção ao Sagrado Coração apareceu sempre como o mais característico de todos os movimentos que resistiram àdescristianização da sociedade moderna.
A GRANDE REVELAÇÃO.

         A chamada Grande Revelação foi feita a Margarida Maria durante a oitava da festa do Corpus Domini (Corpus Christi) de 1675.

         Mostrando o seu Coração divino, Jesus confiou à Santa:

         
“Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou, até se esgotar e se consumir para lhes testemunhar seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões, pelas suas irreverências, sacrilégios, e pela tibieza e desprezo que têm para comigo na Eucaristia. Entretanto, o que Me é mais sensível é que há corações consagrados que agem assim. Por isto te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particular para  honrar Meu Coração, comungando neste dia, e O reparando pelos insultos que recebeu durante o tempo em que foi exposto sobre os altares”.         “Prometo-te que Meu Coração se dilatará para derramar os influxos de Seu amor divino sobre aqueles que Lhe prestarem esta honra”.

         Jesus apareceu-lhe numerosas vezes de 1673 até 1675. Dos seus colóquios com Nosso Senhor distinguem-se classicamente 12 promessas. Eis alguns extratos da Mensagem do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria. (10)

            “Os fiéis acharão, pelo intermédio desta devoção amável, todos os socorros necessários ao seu estado, ou seja, a paz nas suas família, o alívio nos seus trabalhos, as bênçãos do Céu em todas as suas empresas, a consolação nas suas misérias, e é propriamente neste sagrado Coração que alcançarão um lugar de refúgio durante toda a vida e principalmente na hora da sua morte”.

         “O Meu divino Salvador fez-me compreender que aqueles que trabalham pela salvação das almas encontrarão a arte de comover os corações mais empedernidos e trabalharão com um êxito maravilhoso se eles mesmos estiverem penetrados de uma terna devoção ao divino Coração”.         “Asseverando-Me que Ele recebia um contentamento singular em ser honrado sob a figura deste Coração de carne, cuja imagem desejava fosse exibida em público, com a finalidade – acrescentou – de tocar por seu intermédio o coração insensível dos homens; prometendo-me que derramaria em abundância todos os dons que possui em plenitude sobre todos aqueles que O honrassem; e que em todo lugar em que esta imagem fosse ostentada para ser objeto de especial honra ela atrairia toda sorte de bênçãos”.
         “Sinto-me totalmente imersa neste divino Coração; (...) estou como num abismo sem fundo onde Ele me revela os tesouros de amor e de graça que concede às pessoas que se consagram e sacrificam para lhe render e alcançar toda a honra, amor e glória de que são capazes”.

            “Confirmou-me o contentamento que recebe em ser amado, conhecido e venerado pelas suas criaturas e tão grande que prometeu-me que todos aqueles que Lhe sejam devotados e consagrados não morrerão jamais”.

            “Numa sexta-feira, durante a Sagrada Comunhão, disse estas palavras à sua indigna escrava: “Prometo-te, na excessiva misericórdia do meu Coração, que o seu amor onipotente obterá a todos aqueles que comunguem nove primeiras sextas-feiras do mês seguidas a graça da penitência final, que não morrerão na minha desgraça, sem receber os seus sacramentos e que o Meu divino Coração será o seu refúgio assegurado no último momento”. “Nada temas, Eu reinarei apesar dos meus inimigos e de todos aqueles que procurarão opor-se”.

            “Este amável Coração reinará, apesar de Satanás. Isto me arrebata de alegria.” “Afinal reinará, este amável Coração, apesar de todos os que se quererão opor. Satã e todos os seus seguidores serão confundidos”.

 AS DOZE PROMESSAS DO SAGRADO CORAÇÃO.

A SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE.
  1. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Sagrado Coração.
  2. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.
  3. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.
  4. Eu os consolarei em todas as suas aflições.
  5. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente
    na hora da morte.
  6. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.
  7. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.
  8. As almas tíbias se tornarão fervorosas pela prática dessa devoção.
  9. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.
  10. Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais empedernidos.
  11. As pessoas que propagarem esta devoção terão os seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.
  12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

    E esta promessa extraordinária:

    A GRANDE PROMESSA: Prometo-te, pela excessiva misericórdia e pelo amor Todo-Poderoso do meu Coração, conceder a todos que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, a graça da penitência final, que não morrerão em minha inimizade, nem sem receberem os seus sacramentos, e que o meu divino Coração lhes será seguro asilo nesta última hora.


    ATO DE CONSAGRAÇÃO AOS

    SAGRADOS CORAÇÕES DE JESUS E MARIA

    "Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, a vós me consagro, assim como toda a minha família. Consagramos a vós nosso próprio ser, toda a nossa vida, tudo o que somos, tudo o que temos, e tudo o que amamos.

    A vós damos os nossos corações e as nossas almas. A vós dedicamos o nosso lar e o nosso país. Conscientes de que, através desta consagração nós, agora, vos prometemos viver cristãmente praticando as virtudes de nossa religião, sem nos envergonharmos de testemunhar a fé.

    Ó Sacratíssimos Corações de Jesus e de Maria, aceitai esta humilde oferta de entrega de cada um de nós, através deste ato de consagração”.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

LAS APARICIONES DE LA VIRGEN DE LOS DOLORES EN CHANDAVILA - LA CODOSERA


LAS APARICIONES DE LA VIRGEN DE LOS DOLORES EN CHANDAVILA 



NTRA. SRA. DE LOS DOLORES DE CHANDAVILA. LA CODOSERA (BADAJOZ)

La Codosera es un municipio extremeño al noroeste de la provincia de Badajoz junto a la frontera con Portugal. Cuenta con unos 2.300 habitantes.

El pueblo queda compuesto por edificaciones de tipo popular. Ámbito de particular encanto constituye la recoleta placilla central.

La iglesia parroquial de Ntra. Sra. de la Piedad es de edificación sencilla, originaria del siglo XV y muy modificada después.


Iglesia Parroquial de Ntra. Sra. de la Piedad. La Codosera (Badajoz)


Iglesia Parroquial de Ntra. Sra. de la Piedad. La Codosera (Badajoz)

También se encuentra en la localidad la ermita de Ntra. Sra. de la Luz, pequeña realización popular del XVI, con techumbre de madera y cabecera abovedada con pinturas al fresco.



Ermita de Ntra. Sra. de la Luz. La Codosera (Badajoz)

Los dos hitos más significativos del lugar son el castillo y la ermita de Ntra. Sra. de Chandavila.

Castillo de la Codosera (Badajoz)

El primero ocupa un alto en un extremo del pueblo. Sobre uno de sus torreones se erige una colosal figura de Jesús, que resulta visible desde todo el entorno.

Dehesa extremeña en La Codosera (Badajoz)

La ermita de Chandavila se encuentra en un paraje bravío. Constructivamente ofrece composición de gran cuerpo con formas macizas. En sus proximidades acontecieron en 1945 unas supuestas apariciones milagrosas de la Virgen de los Dolores a dos niñas, Marcelina y Afra, que acapararon gran atención en la época. De esta historia es de la que le voy a hablar.

Santuario de Ntra. Sra. de los Dolores de Chandavila. La Codosera (Badajoz)

Eran las tres de la tarde del día 27 de Mayo de 1.945, cuando la niña Marcelina Barroso Expósito en compañía de su prima Agustina González (ambas de La Codosera), iban andando hacia el caserío próximo del "Marco", a cumplimentar un encargo de su madre.

Había recorrido unos tres kilómetros, cuando, al cruzar el paraje denominado Chandavila, reparó en un oscuro bulto que se divisaba sobre un castaño, distante unos sesenta metros,

a la derecha del camino.

No hizo caso. Pero a la vuelta venía pensando si persistiría aún el extraño objeto.

Sí, estaba allí. Y, como empujada por una fuerza interior, se acercó a verlo.

Grande fue su asombro al distinguir claramente, envuelta en rayos luminosos, a la Santísima Virgen de los Dolores, elevada hacia la mitad del tronco del castaño, de perfil, mirando para el pueblo, aureolada de luceros brillantes, con manto negro, recamado de estrellas, manos juntas y rostro bellísimo, en el cual se reflejaba mortal y divina tristeza.

Desaparecida la visión, la niña, llevada de su natural impulso, echó a correr hasta el pueblo, juntamente con su prima, aunque ésta nada había visto. Al llegar a casa, pretendió guardar silencio, pero, no pudiéndolo tener callado, contó a su madre todo lo ocurrido, extendiéndose muy pronto la voz por el vecindario.


Marcelina Barroso

Gran expectación se levantó en el pueblo, ante este hecho, que sin embargo lejos de olvidarse, se volvió a repetir.

El día 4 de Junio, por la mañana, a los nueve días de la primera aparición, se le presenta de nuevo a Marcelinita, en Chandavila, la Santísima Virgen, y le dice que vuelva por la tarde, que tiene que hacer un sacrificio en presencia de todos los concurrentes.

Ella obedeció, y ante más de un millar de personas, españolas y portuguesas, efectuó esa tarde una marcha extática, que llamó poderosamente la atención.


Estando la niña a unos sesenta metros del castaño, muy pronto se le manifiesta, en el azul del cielo, nuestra Señora de los Dolores, que, poco a poco, fue descendiendo hasta colocarse delante del árbol, como la vio la vez primera.


Invitó a la niña a que anduviera de rodillas el trecho que Ella la separaba. Mas, como pusiera algún reparo, la animó la Madre del Dolor, diciéndole: "No temas. No te pasará nada. Yo iré poniendo delante de ti una alfombra de juncos y yerbas para que no te hagas daño".

Desde el regato, la niña comenzó a andar de rodillas por entre las dos filas que le abrían los espectadores. Su madre, la señora Agustina, que estaba presente se desmayó. Permaneció unos diez minutos arrodillada junto al árbol. Entretanto, ve que se entreabre el castaño y aparece detrás de él, adornada de lámparas preciosas, una hermosa iglesia.


En el altar se halla la Virgen María. Esta le indica que moje sus dedos en la pila del agua bendita y se santigüe, gesto que contemplan todos los circunstantes. Después la Aparición baja del retablo y le pregunta que si quería irse con ella. Al contestarle: "Sí, Señora, ahora mismo", la Santísima Virgen se sonríe, la abraza y la besa en la frente, sintiendo la niña sobre su cara el roce del manto de la Madre de Dios. Además, le expresa su deseo de que en el mismo lugar se levante en su honor una capilla.


Al volver del éxtasis, Marcelina, se fue a hablar con sus amigas, como si nada hubiera acontecido. Las rodillas de Marcelina no tenían señal ni rasguño alguno, después de haber caminado los sesenta metros, pese a que muchos jóvenes (e incluso el párroco de La Codosera, Juan Antonio Galán y Galán), lo intentaron y tuvieron que desistir de su empeño, por los cortes y heridas recibidas.

Marcelina, tuvo más encuentros con la Virgen, en otras ocasiones acompañada de más personas, entre las que se encontraba su maestra, doña Josefa Martín. Estuvo en un colegio de religiosas de Villafranca de Los Barros (Badajoz) para posteriormente ingresar como religiosa, en la Congregación de Hermanitas de la Cruz, el 2 de Agosto de 1.875, en Sevilla, dedicándose al cuidado de enfermos, huérfanos, pobres y ancianos, tomando como nombre Sor María de la Misericordia de la Cruz. Hoy se encuentra en un Convento de clausura, en Ciudad Real.

Marcelina Barroso

Afra Brígido Blanco, con diecisiete años, el 30 de Mayo de 1945 (festividad del Corpus), a las tres de la tarde (a la misma hora de la aparición de la Virgen a Marcelina), determinó ir con sus amigas a Chandavila.


Nada más llegar le pareció ver, entre unas nubes, algo que simulaba una capilla y muy clara la forma exacta de una cruz.



Al día siguiente, fue a la misma hora, a dicho lugar, donde ya se encontraban reunidas muchas personas. Se sentó frente al castaño de las apariciones, y vio salir de entre las nubes un objeto oscuro, que al irse acercando, dejó perfilada la imagen de la Virgen Dolorosa, de perfil, con el rostro vuelto hacia la derecha. A causa de la fuerte impresión, Afra, se desmayó y al volver en sí, decide volver a casa con sus amigas.

A los pocos días fallece su abuela paterna, Afra, se viste de luto y apenas sale a la calle. Pero ante la insistencia de sus amigas, la convencen para que vuelva a Chandavila, a lo cual accede con el permiso de su madre, la señora Cipriana.

Era el 17 de Junio, y sentada en uno de los castaños de enfrente, vuelve a ver la aparición de forma idéntica a la vez anterior. Entra en éxtasis y comienza a andar de rodillas por el regato. La Virgen le pide que se levante, y entonces sigue andando hasta el castaño. Al llegar allí se arrodilla, y entabla una conversación con la Virgen.


Afra Blanco

La Virgen le dice que siempre estará a su lado, le comunicó un secreto, le predijo grandes sufrimientos y al final le manda darle un beso a Marcelinita (que estaba allí presente), y diciéndole que se persigne, cosa que ejecutó al instante.

En otras apariciones posteriores, La Virgen le pidió el rezo del Santo Rosario y la construcción de una ermita en aquel lugar, así como un sacrificio: que cantara en la misa solemne del día 4 de Septiembre, deseo que se cumplió, por indicación espontánea del señor Cura Párroco de La Codosera.

Afra y otras amigas, entre ellas Marcelina, estuvieron en Villar del Rey desde el domingo, día 21 de Julio, hasta el 24, víspera de Santiago, y el mismo domingo visitaron la ermita de Nuestra señora de la Encarnación o de la Rivera, Patrona de la localidad, y fueron allí todos los días, mañana y tarde, para dar gracias por un favor recibido.

En una de sus visitas (lunes, día 22) y cuando estaban realizando el Vía Crucis, Afra, entró en éxtasis en la XI estación, delante de un cuadro de la Santísima Trinidad, colocado al lado de la Epístola, casi en el centro de la ermita, y vio el calvario de Nuestro Señor Jesucristo y su crucifixión, sintiendo un dolor muy agudo en las palmas de las manos.

A raíz de este hecho, le salen a Afra, primero unas llagas en las manos, con incisión en el centro, en forma de clavo, después otra llaga en el costado, que chorreaba sangre, produciéndole un dolor insoportable, y finalmente las llagas de los pies. Las llagas de manos y pies con el tiempo fueron agrandándose y terminaron por pasar de parte a parte, apareciéndole la incisión por el dorso. La sangre brotaba principalmente los viernes. Afra fue sometida a exámenes médicos y a curas por parte de un practicante, sin conseguir que las heridas cerraran. También es digno de destacar el olor que despedía, un olor perfumado y agradable.

Ha vivido y trabajado en un hospital, en Madrid, dedicándose a obras de caridad, hasta su muerte el 23 de Agosto del 2008, a la edad de 80 años, tras una larga y penosa enfermedad.


Ntra. Sra. de los Dolores

Para La Codosera, estos acontecimientos, han sido inmejorables. No solo en la conversión de las almas, sino también, en la construcción de una capillita, que cubre y encierra el castaño donde se manifestaba la Virgen, y una iglesia de mayores proporciones, presidida por una imagen de Nuestra Señora de los Dolores, tal y como la describieron los videntes, por el devoto y mariano artista, don Genaro Lázaro Gumiel, que la regaló al Santuario, (cuya construcción empezó el 27 de Mayo de 1.947).

A pesar de todo, la curia diocesana de Badajoz no se ha pronunciado aún de forma oficial sobre estos hechos, aunque permitió la construcción del Santuario.

Todos los años, el 27 de mayo tiene lugar una peregrinación, festivo-religiosa, a la que concurren numerosas gentes de toda la región y Portugal.

Santuario de Chandavila

Santuario de Chandavila

Santuario de Chandavila

Capilla donde se apareció la Virgen

Capilla donde se apareció la Virgen



Santuario de Chandavila

A pesar de que las apariciones en Chandavila comenzaron a "oficializarse" en 1945, ya setenta y cinco años antes se había producido una posible aparición. En aquella época, junio de 1870, una niña dijo ver a la Virgen en "Valleseco". Con tal motivo, los vecinos del pueblo acudieron al lugar, muy cerca de donde ahora se levanta el Santuario de Chandavila, y el párroco de entonces, Don Agustín Rubio Mero, nacido en el pueblo, ofició una misa de campaña en el lugar de la presunta aparición.

El sac****te que, en junio de 1870, dijo la misa de campaña en "Valleseco", cerca de Chandavila, con motivo de una posible aparición de la Virgen.

Santuario de Chandavila

Santuario de Chandavila

Santuario de Chandavila

Santuario de Chandavila

Santuario de Chandavila. Justo debajo de la imagen de la Virgen está el tronco del castaño

Santuario de Chandavila

Santuario de Chandavila

Santuario de Chandavila

Ntra. Sra. de los Dolores de Chandavila

Ntra. Sra. de los Dolores de Chandavila


Ntra. Sra. de los Dolores de Chandavila

terça-feira, 23 de maio de 2023

As Aparições de Maria Santíssima Na China, Dong-Lu em Boading e Sheshan em Shangai.

NOSSA SENHORA IMPERATRIZ DA CHINA
também conhecida
como Nossa Senhora de Sheshan

24 de maio de Nossa Senhora de Sheshan
Dia mundial da oração na China

"O Dragão, vendo que fora precipitado na terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino" (Ap 12,13).
Ninguém ignora a férrea repressão na China vermelha a tudo que possa se referir a religião. Repressão, sobretudo, anti-cristã. Há dois santuários marianos nacionalmente famosos na China, Dong-Lu em Boading e Sheshan em Shangai.

O Santuário de Nossa Senhora de Sheshan em Shangai está sob o controle da Associação Patriótica (a Igreja católica nacional infiel ao Papa, criada pelo Partido Comunista), o Santuário a Dong-Lu permanece firmemente com a Igreja Católica Romana, chamada "Igreja Subterrânea". Desde 1924, católicos chineses provenientes de todas as localidades da China, viajavam todos os meses de maio para Dong-Lu com a finalidade de venerar a Mãe Santificada de Cristo.

Mas tudo isso mudou durante a Revolução Cultural.

Em pleno ataque perseguidores anti-cristãos debandam ao verem a Santíssima Virgem pairando sobre o povoado, rodeada de uma multidão de anjos
Por motivos de preconceito de fundo nacionalista, a Igreja Católica sempre encontrou enorme resistência cultural na China. Em 1900 ocorreu a “perseguição dos boxers”, nacionalistas chineses que se organizavam em clubes desportivos, praticantes de artes marciais, boxe, etc, que se tornou uma das mais terríveis. Essa perseguição deixou um saldo de milhares de mártires — 30.000, segundo algumas fontes —, entre eles cinco bispos, 130 sacerdotes e numerosos fiéis.

 
Foi justamente durante essa represália anti-cristã que se deu uma grande intervenção da Santíssima Virgem, ocorrida em junho de 1900. Os boxers anticatólicos estavam prestes a eliminar Dong-Lu, à época com aproximadamente 700 habitantes. Naquela ocasião, cerca de 9.000 refugiados se encontravam na aldeia, onde os padres vicentinos tinham começado uma missão. Em sua maioria eram habitantes muito pobres.

A situação era terrível. Milhares de perseguidores cercavam a cidade, e todos pressentiam a iminência de um massacre de seus habitantes. Quando tudo parecia perdido, os perseguidores viram Nossa Senhora pairando sobre o povoado, rodeada de uma multidão de anjos. Aterrorizados, inutilmente dispararam tiros contra Ela. Diante do fenômeno inexplicável, fugiram em grande debandada.

Santuário de Dong-Lu passou a representar o Cristianismo na China


Em agradecimento por terem sido salvos do perigo, os habitantes construíram um santuário em honra à Santíssima Virgem. Por iniciativa do pároco local esculpiu-se uma imagem representando Nossa Senhora vestida com os trajes de imperatriz, que passou a ser venerada no santuário.

A aprovação do fato miraculoso pelas autoridades eclesiásticas ocorreu em 1924, em Shangai, por ocasião do sínodo dos bispos chineses. O bispo jesuíta Henri Lecroart propôs que fossem consagrados à Nossa Senhora a China, a Mongólia, a Manchúria e o Tibete, sob a invocação de Nossa Senhora Imperatriz da China. A proposta foi aceita, e em junho 150 bispos, tendo à frente o Núncio Apostólico, Mons. Celso Constantini, foi feita a consagração. Mais tarde, em 1932, o Papa Pio XI elevou o santuário de Dong-Lu à categoria de local oficial de peregrinação. Em 1941, o Papa Pio XII concedeu à Igreja da China uma festa em honra de Maria Medianeira de todas as graças, sob o título de Santa Mãe, Imperatriz da China.

Curiosamente, três fatos diferentes são estabelecidos: um é o santuário reconhecido como de peregrinação oficial; outro, uma festa litúrgica; e o terceiro, uma consagração do país. Mas na devoção popular todos se fundiram num só, e Dong-Lu passou a representar os três fatos conjuntamente.

Governo comunista mobiliza 5 mil soldados, carros blindados e helicópteros para dinamitar o santúario e confiscar a imagem da Virgem Maria

A pequena aldeia tornou-se então o berço de 40 dos 120 santos mártires canonizados pelo Papa João Paulo II em 1 de outubro de 2000.

Para grande incômodo do governo comunista, durante os últimos 100 anos, a peregrinação de milhares de católicos na China crescia em devoção e número de fiéis. Ciente dessa terrível "ameaça", em abril e maio de 1996 o governo chinês mobilizou 5 mil soldados, apoiados por dezenas de carros blindados e helicópteros, dinamitou o santuário mariano, confiscou a estátua da Virgem Maria e prendeu muitos sacerdotes.

O governo chinês passaria a considerar essa parte da Igreja Católica Romana como ilegal. Assim, a Santa Missa, catequese, batismo e outros serviços religiosos, para muitos católicos que ainda estão no subsolo deve ser realizado em casas particulares e em segredo com os riscos de multas exorbitantes, prisão, prisão domiciliar, torturas físicas e internamento em campos de trabalho.
Sacerdotes, seminaristas, freiras e leigos enfrentam perseguições e assédios contínuos. Muitos deles desapareceram e outros estão na cadeia.

Nas últimas olimpíadas de Pequim, em 2008, a igreja de Dong-Lu foi destruída

Recentemente, quando os holofotes da mídia mundial controlada se voltavam para as olimpíadas de Pequim, em 2008, a igreja de Dong-Lu foi destruída por comunistas chineses. O fato, abafado por muito tempo, causou imensa tristeza no Vaticano e indignação aos cristãos ocidentais.

No entanto, a pintura da Nossa Senhora da China manteve-se íntegra, uma vez que a imagem da igreja era apenas uma cópia. O original havia sido escondido na parede, atrás da cópia, e foi recuperado em impecável estado. Encontra-se agora em mãos dos fervorosos católicos chineses que, lamentavelmente, continuam seu trabalho missionário na igreja das catacumbas.

Católicos chineses rezam para que Bento XVI consiga restabelecer relações de compreensão e respeito com a China comunista para a liberdade da fé religiosa do seu povo.

Repressão continua em pleno século XXI
Atualmente, Dong-Lu permanece a pequena e poeirenta vila de 12 mil pessoas. Entre o casario de tijolo aparente, os mercadinhos e as fábricas de roldanas industriais, destaca-se o curioso prédio da Igreja de Nossa Senhora de Dong-Lu.

Apesar da indiferença da imprensa comunista estatal, a cidade de Dong-Lu é conhecida em pleno “paraíso” de Mao por ser o lugar onde, desde 1900, ocorrem visões da imagem da Santíssima Virgem. A última apareceu em 1995 e foi testemunhada por muitos habitantes da cidade. Muitos habitantes atestam que vêem a Santíssima Virgem frequentemente por lá. Nós, católicos, sabemos que a Mãe de Jesus e da Igreja não abandona Seus filhos.

Datas importantes do calendário cristão como Páscoa e Natal são celebradas exatamente como no Ocidente, mas tudo é feito escondido do governo, por meio de celebrações discretas e clandestinas, sem música, para evitar prisões.

Dong-Lu é cercada de oficiais da polícia à paisana que estão ali para impedir a entrada não apenas de jornalistas, mas de peregrinos que vão à cidade por conta das aparições da Virgem Maria. Os moradores que são pegos falando com a imprensa correm grande risco — afirma Joseph Kung, presidente da Fundação Kung, que ajuda os católicos clandestinos na China, hoje estimados em cerca de seis milhões.

O governo comunista teme que a cidade se transforme num centro de peregrinação. No entanto, apesar da repressão, o número de católicos na região não pára de crescer, especialmente os jovens.

Conclusão
Como vemos nesse estudo, é a partir dessa "mente revolucionária" que provém o ódio anti-cristão, agora generalizado em muitos corações. E a partir desse ódio implementa-se a cultura de morte e habilmente promove-se a imbecialização da mentalidade contemporânea, moldando-a docilmente aos sinistros propósitos do governo oculto.

Em Dong-Lu o combate entre o "Dragão" (ou antiga serpente) e a "Mulher" é literal. Em visitas clandestinas ao santuário, peregrinos perseguidos traduziram em duas frases a inevitável esperança cristã, transcritas nos dois lados da imagem da Santíssima Virgem. Em um lado lê-se: "A cabeça da serpente é esmagada. Debaixo de que pés foi derrotada?" No outro lado: "Meu filho, por que você está amedrontado? Sua mãe está a seu lado".


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Nossa Senhora de Qing Yang

Qing Yuang é o maior e mais importante distrito da cidade de Jiang Yin, na província de Jiang Su. Segundo os relatos dos anciãos locais, no início de 1900 uma camponesa da zona estava doente há muito tempo e não conseguia curar-se nem mesmo após muitos tratamentos. Um dia apareceu-lhe uma belíssima senhora vestida de branco com uma faixa azul. O seu rosto era condescendente e solene. Com as mãos cruzadas sobre o peito, disse a camponesa doente que recolhesse a erva da zona, que fizesse um chá e o bebesse, e assim seria curada. A mulher seguiu a ordem da Senhora e curou-se realmente. A mulher acreditava ter sido uma aparição de Kuan Yin, portanto foi ao templo para agradecer, mas não encontrou nenhuma imagem de Kuan Yin que se assemelhasse à Senhora. Um certo dia indo a casa de um católico, viu a imagem de Nossa Senhora de Lourdes, e logo pôs-se a gritar: “É Ela, é Ela a Senhora que me curou!”. A notícia difundiu-se logo na zona em torno, e as pessoas vinham prestar homenagem a Nossa Senhora. A diocese comprou o terreno onde havia aparecido Nossa Senhora e construiu uma simples capela, e algum tempo depois uma igreja de estilo gótico para responder às exigências dos peregrinos que chegavam em grande número. Assim a fama de Nossa Senhora de Qing Yang difundiu-se logo em toda a província e por todo o País. A igreja de Nossa Senhora de Qing Yang tornou-se logo um dos locais mais famosos Santuários marianos da China.


Donglu 1: a cidade da Virgem Maria na China


Quem chega a Donglu, uma pequena e poeirenta vila de 12 mil pessoas a 140 quilômetros de Pequim, na província de Hebei, consegue logo destacar, entre o casario de tijolo aparente, os mercadinhos e as fábricas de roldanas industriais, o curioso prédio da Igreja de Nossa Senhora de Donglu, de orientação católica patriótica. Ou seja, seus padres — e fiéis — não devem satisfações ao Vaticano ou ao Papa Bento 16, mas ao Partido Comunista da China. 

 
A arquitetura da Igreja de Donglu é curiosa, misturando o formato típico das igrejas ocidentais (com suas torres e sinos) com elementos chineses, como portões em arco ou pagodas tradicionais do império Qing que abrigam imagens da Virgem Maria com o menino Jesus. Ao ver o jornalista tirando fotos em frente à igreja, no entanto, o padre Lu Zhi Chao vem correndo:
— Por favor, os policiais estão observando você disfarçadamente e não é seguro ficar aqui fora. Vamos conversar lá dentro. — diz ele.
O temor do padre Lu Zhi Chao, 37 anos, desde janeiro responsável pela paróquia, ilustra bem o clima de temor pela repressão com que o governo chinês controla as manifestações religiosas no vilarejo, considerado hoje a cidade mais católica da China. Nada menos que oito mil dos seus 12 mil moradores são católicos, ou seja, 66% de sua população. O próprio padre estima que este número possa ser maior, pois há um enorme contingente de católicos clandestinos (aqueles que continuam a obedecer ao Vaticano e, por isso, fazem missas e orações escondidos).
— Os policiais estão sempre disfarçados, de roupas comuns, vigiando a igreja, especialmente aos domingos, quando as três missas que celebramos chegam a juntar 1.500 pessoas — diz o padre.
A quantidade de católicos em Donglu e o constante policiamento sobre os fiéis têm uma razão especial. Apesar da indiferença da imprensa estatal, Donglu é conhecida na China por ser o lugar onde, desde 1900, ocorrem visões da imagem de Nossa Senhora. A última apareceu em 1995 e foi testemunhada por muitos na cidade, como o comerciante Zhang Bin, de 23 anos.


— Todo mundo aqui em Donglu já viu a Virgem em algum momento da vida. Eu era uma criança, mas me lembro bem das pessoas assustadas, chorando, apontando para o céu perto dos campos onde a gente via a imagem de Nossa Senhora entre as nuvens — conta ele.

— Nós rezamos todos os dias e celebramos o Natal exatamente como no Ocidente, mas o governo não gosta muito, então fazemos celebrações discretas, sem música, para não sermos presos — diz o estudante Tian Hao, de 18 anos. — Nem as velhinhas estão autorizadas a fazer rodas de oração em suas casas. Se elas querem rezar, o governo obriga que elas façam isso na igreja.
Para conversar com os fiéis, os jornalistas são obrigados a entrevistar as pessoas em locais fechados, como em bares ou mercados, caso contrário, não apenas os fiéis são levados para a delegacia local para interrogatório, como os jornalistas também são detidos. 
— Donglu é cercada de oficiais da polícia à paisana que estão ali para impedir a entrada não apenas de jornalistas, mas de peregrinos que vão à cidade por conta das aparições da Virgem Maria. Os moradores que são pegos falando com a imprensa correm grande risco — diz Joseph Kung, presidente da Fundação Kung, que ajuda os católicos clandestinos na China, hoje estimados em cerca de seis milhões.
O chefe do escritório da agência Lusa em Pequim, Rui Boavida, foi detido por cinco horas quando visitou Donglu.
— Eles nos cercaram e nos levaram para a delegacia. Lá, me perguntaram o que me trazia à vila e eu respondi que fui fazer uma matéria sobre as fábricas de roldanas. Eles me levaram a uma delas e depois me aconpanharam até a saída da cidade para ter certeza de que eu ia embora. 
O governo tem medo de que a cidade se transforme num centro de peregrinação. Os registros da primeira aparição da Virgem Maria datam de maio de 1900, chamando a atenção do Vaticano, que confirmou o milagre em 1928. Desde então, milhares de peregrinos se deslocam de vários pontos da China todos os anos até Donglu durante o mês de maio para celebrar a visão da Virgem.
 
— Até 1996, quando o governo começou a inibir os encontros, Donglu recebia mais de 50 mil pessoas todo o mês de maio. Hoje, a festa recebe umas mil pessoas e não pode se estender por mais de alguns dias. Mesmo sendo uma igreja católica patriótica, o governo teme que a reunião de milhares de pessoas possa evoluir para um movimento mais político, acho eu. — diz o padre Lu (ao lado), que mantém emoldurada, sobre sua escrivaninha, uma mensagem do papa João Paulo 2 aos fiéis da igreja, datada de 1990.
Apesar da repressão, o número de católicos na região não pára de crescer, especialmente os jovens.
— As pessoas precisam desenvolver seu lado espiritual num país que vem se tornando mais e mais materialista e onde todo mundo só pensa em fazer dinheiro. O número batismos, que era de até três jovens por mês, hoje é de cinco por mês.

UM BREVE COMENTÁRIO GERAL

A devoção à Nossa Senhora na China, começou na aldeia de Dong Lu em 1900. Todos os anos, centenas de milhares de peregrinos vêm rezar diante de Nossa Senhora de Dong Lu. Durante o mês de maio de 1994 todas as estradas que conduzem a Dong Lu foram fechadas pelo governo. Em todas as vias de acesso para Dong Lu e cidades vizinhas foram colocadas barreiras. Ali só podia passar quem era identificado pelas autoridades como "não-católico". Assim mesmo vieram pessoas de todas as partes do país. Chegaram a pé ou de bicicletas, em automóveis e caminhões, através de caminhos pouco conhecidos para evitar a repressão do governo. 
Vieram à " Colina da Mãe " para rezar. Nos lados da estátua escreveram dois versos. Em um dos lados: "A cabeça da serpente é esmagada. Debaixo de que pés foi derrotada "? No outro lado dab estátua lê-se: " Meu filho, por que você está amedrontado? Sua mãe está a seu lado". Em outra parede, havia um enorme aviso anunciando o atentado sofrido pelo Papa na praça São Pedro, em Roma e pedindo orações e sacrifícios pela recuperação dele. 
Dezenas de milhares de pessoas ajoelharam-se diante da imagem com as mãos colocadas sobre o peito. Depois de uma longa repressão do governo comunista, os católicos não puderam controlar a emoção despertada pelo seu amor à Maria Santíssima. Muitos choraram copiosamente porque finalmente podiam ajoelhar-se aos pés da Mãe Santíssima, após quarenta anos de perseguições. E suplicaram: Querida Mãe, conceda-nos coragem para prosseguir nossa luta. Nós te pedimos: cuida da Igreja na China e salva-nos". 
Muitos tocaram a imagem com seus rosários e quadros de santos. Estes objetos religiosos se transformaram em algo de valor inestimável. Jovens, anciãos, inválidos, fracos e fortes, todos unidos no amor à Mãe de Jesus. Havia pessoas de todas as idades. Era possível ver-se um mar de gente ajoelhada e rezando, ninguém distraído ou conversando. Uma senhora e uma criança ajoelham-se diante da imagem. Abraçada a seu filho, a mulher chora. Próximo dela um senhor de meia idade. Ele também rezava e chorava. Depois de tantas perseguições eles encontravam consolo em Maria. Ofereciam seus sacrifícios para o futuro da Igreja Católica Romana na China, pelo Santo Padre e pela Igreja Universal. Eles estavam muito felizes por terem chegado à Colina de Maria mesmo com tantos riscos pessoais e sacrifícios financeiros.
O dia 24 de maio é o dia da festa mariana mais importante da China.
Nesse dia, o céu estava nublado. Começou a chuviscar. A Igreja subterrânea, como é chamada a Igreja Católica na China, não tem nenhuma igreja em Dong Lu. A Missa era ao ar livre. Por volta das oito horas da manhã, a procissão para a Missa Santa estava começando. Quatro bispos e aproximadamente 120 padres que chegaram das dioceses subterrâneas da China concelebraram a Missa, que teve como celebrante principal Dom Su Chi-Min, bispo auxiliar de Baoding. A procissão também incluiu mais de 100 seminaristas, 200 freiras, muitos diáconos e seminaristas do curso secundário. 
Os chuviscos se tornam uma chuva pesada,mas a procissão continuou. Nada poderia parar a devoção deste povo para com sua santa Mãe. Havia mais de cinquenta mil peregrinos. Poucos traziam guarda-chuvas. Em poucos minutos todos estavam molhados e empapados. Mas, andavam e cantavam na chuva. Eles estavam empapados no amor de Nossa Senhora e na graça de Deus. Esta chuva limpou-lhes a alma. Com vigor renovado e determinação, unidos como Igreja clandestina e leal, eles marchavam contra a tempestade de perseguições. Nenhuma tempestade poderia detê-los na marcha. Nenhuma perseguição poderia esmagá-los. Após a tempestade virão dias ensolarados.
A Missa começou. Todos se ajoelharam na lama, ao som de hinos e orações. Na história da Igreja na China, perseguição da Igreja na dinastia de Qing, o regime comunista atual, a Associação Patriótica cismática, o encarceramento e tortura de bispos, padres, freiras, e fiéis, os milhares dos mártires, a destruição e confisco das propriedades da Igreja, a proibição para atividades religiosas! Todos ali testemunhavam que a Igreja católica romana está gemendo debaixo da perseguição do governo comunista, suplicando a misericórdia de Deus.



Nossa Senhora da China também conhecida
como Nossa Senhora de Sheshan


NOSSA SENHORA DE SHESHAN 

A 50 km de Sanghai, na China, encontra-se Sheshan. Graças à beleza da paisagem e ao clima temperado, a colina de Sheshan é um lugar de grande atração turística. No século XVIII, dois imperadores saíram de Pequim especialmente para visitar esta localidade. Um deles, o famoso Kangxi, deu-lhe o nome de "Montanha do bambu verde". Título muito apropriado, pois a colina vive coberta desta vegetaço. A pintura chinesa de todas as épocas a reproduz tão graciosamente e os brotos do bambu são particularmente apreciados neste antigo povoado. 
A evangelização chegou a Sheshan em 1844. Os primeiros missionários alí construíram uma casa com cinco cômodos, reservando um deles como capela e os outros como locais de descanso. Em 1864, um religioso chinês construiu sobre a colina um quiosque hexagonal, no qual depositou uma imagem da Virgem Maria pintada por ele e venerada como "Auxiliadora dos Cristãos". A devoção à Virgem de Sheshan, "Auxiliadora dos Cristãos", difundiu-se então por toda a região sendo celebrada anualmente no dia 24 de maio.
Atualmente há em Sheshan duas igrejas: uma, no meio da colina e outra, no alto. Esta última foi construída em 1873 e reconstruída em 1925. Possui uma torre de 33 metros de altura, em cuja parte superior havia uma estátua da Virgem que segurava o Menino Jesus. O Filho, com os braços abertos em atitude de benção formava, no conjunto, a idéia de uma grande cruz elevada sobre a China. 
A igreja situada na metade da colina foi construída em 1894. Nas laterais da entrada há duas inscrições. Uma diz: "A capelinha encontra-se à metade da colina; façamos uma parada para acrescentar nosso afeto filial à Virgem". A outra inscrição reza: "A igreja maior encontra-se no alto da colina; subamos para implorar a benção da Mãe afetuosa". 
Há muitos canais na região de Sheshan. Os numerosos pescadores que vivem em suas embarcações são em sua maioria piedosos católicos. Anualmente, no mês de maio os pescadores vão em peregrinação ao santuário e a eles se unem outros peregrinos de diversas partes da China. A revista "Ave Maria" publicou em sua edição de 15 de setembro de 1981, uma matéria anônima intitulada "China - depois de trinta anos, grandiosa Romaria Mariana", traduzida da revista italiana "Madre di Dio", que reproduzimos abaixo. No texto, Nossa Senhora de Sheshan é chamada de "Nossa Senhora de Zozé" que pela descrição, trata-se do mesmo título mariano. "Os protagonistas deste acontecimento, que provocou muito barulho, não somente na China, mas em todo mundo, foram os pescadores da região de Shangai que, com uma pitoresca marcha sobre barcas, deram vida novamente ao Santuário de Zozé. 

NOSSA SENHORA DE SHESHAN
Relato de uma peregrinação

 
A 50 km de Sanghai, na China, encontra-se Sheshan.
Graças à beleza da paisagem e a seu clima temperado, a colina de Sheshan é um lugar de grande 
 
atração turística. No século XVIII, dois imperadores saíram de Pequim especialmente para visitar esta localidade. Um deles, o famoso Kangxi, deu-lhe o nome de "Montanha do bambu verde". Título muito apropriado, pois a colina vive coberta desta vegetação. A pintura chinesa de todas as épocas a reproduz tão graciosamente e os brotos do bambu são particularmente apreciados neste antigo povoado.  

A evangelização chegou a Sheshan em 1844. Os primeiros missionários aí construíram uma casa com cinco cômodos, reservando um deles como capela e os outros como locais de descanso. Em 1864 um religioso chinês construiu sobre a colina um quiosque hexagonal, no qual depositou uma imagem da Virgem Maria pintada por ele e venerada como "Auxiliadora dos Cristãos". A devoção à Virgem de Sheshan, "Auxiliadora dos Cristãos", difundiu-se então por toda a região, sendo celebrada anualmente no dia 24 de maio.

Atualmente há em Sheshan duas igrejas: uma, no meio da colina e outra, no alto. Esta última foi 
 
construída em 1873 e reconstruída em 1925. Possui uma torre de 33 metros de altura, em cuja parte superior havia uma estátua da Virgem que segurava o Menino Jesus. O Filho, com os braços abertos em atitude de bênção formava no conjunto a idéia de uma grande cruz elevada sobre a China.

A igreja situada na metade da colina foi construída em 1894. Nas laterais da entrada há duas inscrições. Uma diz: "A capelinha encontra-se à metade da colina; façamos uma parada para acrescentar nosso afeto filial à Virgem". A outra inscrição reza: "A igreja maior encontra-se no alto da colina; subamos para implorar a bênção da Mãe afetuosa".

 
Há muitos canais na região de Sheshan. Os numerosos pescadores que vivem em suas embarcações são em sua maioria piedosos católicos. Anualmente, no mês de maio, vão em peregrinação ao santuário e a eles se unem outros peregrinos de diversas partes da China.

A propósito, a revista "Ave Maria" publicou em sua edição de 15 de setembro de 1981 uma matéria anônima intitulada "China - depois de trinta anos, grandiosa Romaria Mariana", traduzida da revista italiana "Madre di Dio", que reproduzimos abaixo. No texto, Nossa Senhora de Sheshan é chamada de "Nossa Senhora de Zozé". Nossa ignorância a respeito do idioma chinês impede-nos de explicar porque o articulista emprega este outro nome. Mas, pela descrição, trata-se do mesmo título mariano.

"Os protagonistas deste acontecimento, que provocou muito barulho, 
 
não somente na China, mas em todo mundo, foram os pescadores da região de Shangai que, com uma pitoresca marcha sobre barcas, deram vida novamente ao Santuário de Zozé.

Na imensa planície de Shangai, cheia de canais e barcas de pescadores, desponta uma colina. No século passado, os missionários jesuítas ali edificaram uma capela. Posteriormente, pelos anos trinta, foi construído um grande Santuário Mariano sobre o ponto mais alto da colina: a Basílica de Nossa Senhora de Zozé. Construíram também um observatório que, confiscado pelo governo, funciona ainda hoje.

 
Os católicos chineses, servindo-se de centenas de barcas, costumavam subir em romaria ao santuário de Nossa Senhora. Mas desde 1949 tudo tinha desaparecido; as duas igrejas haviam sido esvaziadas e trancadas; a via-sacra, que serpenteava desde a planície até o alto, fora destruída a picareta, e o mato cobria o que era um caminho. Mas eis que no mês de março (1980) aconteceu alguma coisa de incrível, tanto que se falava até em milagre.

Já no ano anterior correra a notícia de que tinham sido vistas luzes estranhas sobre o monte e que estas tinham reaparecido no dia 15 de março. E também em outras partes da China acontecera o aparecimento de Nossa Senhora recomendando o Rosário. Os próprios jornais do Estado, para desmentir as notícias, contribuíram para com a sua difusão, e tanto, que na ocasião foi organizada espontaneamente uma romaria, durante três dias. A notícia chegou ao Ocidente por acaso, por meio de um homem de negócios que participou da mesma romaria. E logo depois outras fontes de informação vieram confirmar os fatos.



"Desde o dia 11 de março, mais de 140 barcas de pescadores já tinham 
  
chegado aos pés da colina, e vieram de longe. Eu cheguei no dia 15, partindo muito cedo, temendo não encontrar lugar no ônibus; de fato já havia uma longa fila esperando. Chegando ao lugar, calculei umas 10.000 pessoas já reunidas, vindas em barcas, ônibus, a pé, de bicicleta. O que imediatamente me chamou a atenção foi o fervor religioso dos pescadores e o clima geral de alegria. Muitos levavam velas, rosários, imagens sagradas, ou ostentavam medalhas penduradas ao pescoço. Não faltavam os rojões, sinal de alegria em todas as festas chinesas.

Creio que os rosários tinham sido adquiridos em Wenchow, cidade distante uns 360 km e que é famosa pelos "cabeças-duras". isto é, pela indomabilidade dos seus cristãos.

Já faz alguns dias que chove a cântaros; os rios e os canais cheios facilitaram a chegada das barcas, que ainda continuam chegando ininterruptamente. Observo uma numerosa família de pescadores que se aproxima com várias barcas: é um verdadeiro clã com mais de cem pessoas; dizem que partiram de casa no dia 9 de março. Reconheço um moço que chegara a Shangai no dia anterior, não sei de onde. Vêem-se peregrinos que chegam das regiões mais variadas. Pode-se dizer que toda a China está aqui representada.


 
Subindo a colina, espanto-me ao ver tanta gente. Paro diante da igreja que está na metade da encosta; na pequena praça estão ainda os pedestres onde antes se erguiam as estátuas do Sagrado Coração, de Nossa Senhora e de São José. Diante destes pedestais vazios ardem velas, e o povo reza de joelhos. Toda a colina está coberta de uma multidão em oração.

Alguns pescadores construíram uma cruz de madeira e a colocam diante da porta da igreja trancada. Mas, um pouco antes do meio-dia, outros pescadores forçam a porta e abrem a igreja. 
  
O seu interior está vazio e cheio de pó. Trinta anos de pó. Um velho perto de mim murmura: "Abrem-se as portas do céu". Creio que deviam estar ali presentes de 5 a 6 mil pessoas. Estavam presentes também a polícia, filiados do partido comunista e membros da Igreja nacional. Olhavam, sem nenhuma interferência. Existia oração, alegria, ordem; via-se claramente que quem comandava eram os pescadores.
Ao meio-dia, como se fosse dado um sinal, estouraram os foguetes, em grande quantidade, festivamente. Relancei o olhar ao redor e vi a colina toda brilhando com o fogo das velas, com as explosões dos rojões, dando um ar de festa; mas foi também uma outra coisa que me calou profundamente. Estendendo a vista para o ponto mais alto da colina, vi muita gente que subia pelo caminho da via-sacra. Subiam de joelhos, como era costume ali. Em cada um dos lugares, onde antigamente existiam as estações, paravam para rezar. Depois prosseguiam, sempre de joelhos, por grupos. Era um espetáculo impressionante: esta multidão de homens e mulheres, jovens e velhos, formava como que um cordão vivo que chegava ao pico da colina; e, quanto mais passavam mais aparecia o traçado da velha via e o caminho da cruz, e mais repontavam os restos das estações, cobertos pela vegetação.

Chego ao topo do monte. O santuário está intacto e vejo que as portas já tinham sido forçadas. A igreja está cheia; alguém, com tábuas fez um altar e o cobre com uma toalha branca e coloca sobre ele uma estátua de Cristo e depois uma estatueta de Nossa Senhora e uma fila de velas. Não consigo reter as lágrimas, e vejo também outros que choram perto de mim.

Diante do santuário, está alguém dos "católicos nacionais" que ergue a voz para convidar o povo a ir embora, mas chegam de repente alguns pescadores que com gentileza e decisão mandam-no para baixo. De tardinha desço. Cada barca se transforma em um hotel acolhedor, que convida a gente a passar a noite, de graça e com calor familiar. Encontro-me entre rostos antes nunca vistos e, no entanto me sinto em casa. Muitos outros passam a noite em oração, dentro das duas igrejas.

O dia seguinte, 16 de março, é domingo e chega ainda mais gente. Calculo que os peregrinos devem somar uns 40.000. A jornada corre como a precedente, apesar da chuva teimosa. É verdadeiramente um dia de oração, de cantos sacros, de serena alegria. A polícia vê que tudo está em ordem, observa, bate fotografias e não intervém nunca. Passo ainda uma noite numa barca que me hospeda.

17 de março. Subo ainda até a igrejinha que está na metade da estrada. Noto, em frente à cruz do dia anterior, um maço de flores frescas. Sobre os pedestais e perto das paredes foram colocadas outras estátuas diante das quais ardem velas. Uma velhinha recita em voz alta o rosário juntamente com um grupo de pessoas que responde. Aos pés duma imagem está uma família de camponeses, de joelhos, que reza em silêncio, visivelmente comovida. Chega à hora da partida. "Amanhã não será mais assim - diz um motorista de ônibus - pois a festa estará terminada".

No ônibus o povo reza ainda, os cânticos a Nossa Senhora se intercalam com as Ave-Marias, são distribuídas folhas mimeografadas para que todos possam acompanhar.
Olho ao redor de mim e vejo somente rostos felizes. Desde quando os cristãos não têm podido rezar em público! Cantar dentro de um ônibus!? Ao meu lado um velho chora silenciosamente. Não cheguei a ver fatos extraordinários, como luzes no céu ou mensagens, mas para mim esta romaria foi um verdadeiro “milagre”. "

Nossa Senhora de Sheshan, Rogai por nós que recorremos a Vós!

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