APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA EM LOURDES - FRANÇA
SANTA BERNADETE A VIDENTE DE LOURDES
11 DE FEVEREIRO: ANIVERSÁRIO DAS APARIÇÕES DE LOURDES
FILMES EXCLUSIVOS(PARTE 1 A 4)
LOURDES 1,2, 3 E 4
APARIÇÕES DE LOURDES-SANTA BERNADETTE SOUBIROUS
Edição e narração do vidente Marcos Tadeu Teixeira
Santuário das Aparições de Jacareí - SP - Brasil
JACAREÍ, 11 DE FEVEREIRO DE 2012
CENÁCULO EM COMEMORAÇÃO DO 154º ANIVERSÁRIO DAS APARIÇÕES DE LOURDES(FRANÇA) À SANTA BERNADETE SOUBIROUS
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA A IMACULADA CONCEIÇÃO E DE SANTA BERNADETE SOUBIROUS
COMUNICADAS AO VIDENTE MARCOS TADEU TEIXEIRA NO SANTUÁRIO DAS APARIÇÕES DE JACAREÍ – SP – BRASIL
"-Meus queridos filhos! Hoje quando vós comemorais o Aniversário da Minha Primeira Aparição na pobre Gruta de Massabielle em Lourdes, Eu venho novamente como a Imaculada Conceição, para vos chamar:
à oração, à penitencia, à purificação das almas e à volta para o Senhor.
Vós deveis seguir-Me por esta estrada de pureza, de santidade, de bem aventurança a qual Eu vos convidei nas Minhas Aparições de Lourdes, ajudando-Me todos os dias a realizar em vós mesmos o Plano do Senhor, Sua Vontade Santa, ajudando-Me todos os dias a conseguir o maior Triunfo do bem, do amor e da verdade nos corações de todos os Meus filhos!
Segui-Me pela estrada da pureza, da oração e do amor, a qual Eu convidei em primeiro lugar a Minha filhinha BERNADETTE, para que assim vós juntamente com Ela possais todos os dias caminhar pela estrada do cumprimento da vontade do Altíssimo, que é sempre o caminho certo que vos conduz à salvação, à felicidade eterna e onde vós podeis verdadeiramente gozar da verdadeira paz do coração que só existe numa alma e num coração que cumpre fielmente a vontade do Senhor todos os dias e responde sim ao Seu chamado amoroso.
Segui pela estrada da pureza, da oração e do amor, que nas Minhas Aparições de Lourdes Eu vos apontei. Fazei isto renunciando a vós mesmos todos os dias, e, sobretudo, procurando ser as cidades santas onde o senhor, onde Eu podemos habitar sempre e reinar para sempre fazendo das vossas almas verdadeiras grutas de Massabielle onde Eu a vossa Mãe posso verdadeiramente surgir, resplandecer poderosamente tal como Eu resplandecia na Gruta de Massabielle e tal como naquela Minha Gruta de Lourdes Eu fiz brotar a Fonte Milagrosa da água que purifica, que cura e que salva o corpo e o coração de tantos dos Meus filhos. Assim também Eu possa na gruta do vosso coração, também fazer rebentar uma fonte de vida, uma fonte de amor, uma fonte de graça e santidade que jorre do vosso coração purificando o mundo inteiro do pecado, lavando-o de tanta imundície que o pecado produziu nas almas, nas famílias, na sociedade e nos corações e Eu possa devolver a saúde espiritual para tantos dos Meus filhos que estão definhando no pecado dia após dia, morrendo espiritualmente sem esperança de salvação.
Se vós fordes esta Minha gruta de Massabielle levando, oferecendo a esses Meus filhos a água do Meu Amor, das Minhas Mensagens, da Oração, de um verdadeiro exemplo de vida, Eu poderei verdadeiramente purificar esta Terra e as almas dos Meus filhos devolvendo-lhes a saúde espiritual de que tanto carecem. Então, o câncer do pecado regredirá até desaparecer por completo da face da Terra e por meio de vós Eu poderei obter nas almas o meu maior e mais estupendo Triunfo!
O Meu Santuário de Lourdes, verdadeira pupila, menina dos Meus olhos é o Santuário onde faço resplandecer já há mais de 150 anos a potência do Meu amor materno, a força eficaz da Chama do Meu Coração Imaculado. É onde desvendo aos olhos de todos os Meus filhos as infinitas ternuras do Meu Coração Imaculado e é onde vos dou um sinal seguro, certo, um penhor, uma garantia de que no final O MEU CORAÇÃO IMACULADO TRIUNFARÁ!
No Meu Santuário de Lourdes, na vida e na obra da Minha filhinha BERNADETTE e na vida de todos os Meus filhos que ao Meu Santuário de Lourdes foram e lá Me deram os Seus corações, em todos eles faço resplandecer a Minha luz materna, que nesses tempos de grandes trevas e escuridão do pecado por todo o mundo brilha como um farol luminoso a luz do Meu Coração para vos iluminar o caminho e vos conduzir seguramente em meio das trevas até o dia luminoso do TRIUNFO DO MEU CORAÇÃO IMACULADO e da libertação deste mundo da escravidão de Satanás. Dia luminoso este que já se aproxima de vós e está às portas!
Hoje, do Meu SANTUÁRIO DE LOURDES vos abençôo generosamente... e também de FÁTIMA... de KERISINON... e de JACAREÍ.
A Paz Meus filhos! Ide na Paz do Senhor!!
“-Amados irmãos Meus, Eu, BERNADETTE, com amãe de deus também vos abençôo hoje e vos trago a Paz!
Caminhai no caminho do verdadeiro amor, pelo qual Eu primeiramente que vós segui e caminhei, a fim de que a vossa vida como a Minha se transforme numa canção nova de amor pelo Senhor, pela Mãe de Deus, onde toda a humanidade pode enfim conhecer a doçura de Deus, a doçura de Maria Santíssima e nesta doçura encontrar o amor que salva, o amor que transforma, o amor que liberta, o amor que dá a vida, que vive e que faz viver.
Caminhai na estrada do verdadeiro amor todos os dias comigo, rezando muito o ROSÁRIO como Eu própria rezei, rezando todas as orações que a MÃE DE DEUS aqui vos deu para que o gérmen da oração, da santidade, do gosto pelas coisas celestiais cresça sempre mais nas vossas almas dia a dia até atingir a plenitude. Cuidai para que a vossa alma não se torne um deserto árido, mas que ela seja sempre um jardim florido de muita oração, de muita meditação, para tanto fugi sempre mais dos compromissos fáceis com o mundo que podem consumir demais o vosso tempo e matar assim na vossa alma a semente da vida espiritual e da santidade. Procurai como Eu procurava o recolhimento, o silêncio, a meditação, a interiorização, de modo que as vossas almas possam todos os dias ser orvalhadas por esse celeste orvalho do Céu, que é a piedade, que é o fervor, que é o amor que só desce, orvalho esse que só desce sobre as flores das almas que se abrem como as flores da manhã ao orvalho do Céu. Assim fazendo vossas almas crescerão todos os dias e se tornarão flores perfumadas e viçosas de santidade, de
amor e de perfeição para a maior glória do Altíssimo, para a maior exaltação de Seu Nome e maior Triunfo da Santíssima Virgem.
Caminhai no caminho do verdadeiro amor, fazendo como Eu mesma fazia carregando a Cruz de cada dia com Jesus e Maria, aceitando e verdadeiramente crendo que a verdadeira felicidade não é neste mundo mas sim no outro. E assim oferecei Comigo todos os dias as pequeninas cruzes que o Senhor vos permite em ato de expiação pelos pecados com que ele é ofendido e também de súplica pela conversão dos pecadores. Para que assim nós possamos barrar tanto mal que se comete no mundo todos os dias e possamos fazer com que o bem avance e triunfe e a vitória definitiva da Santíssima Virgem seja cada dia mais apressada e se torne uma realidade nos povos, nas famílias, nas almas, na humanidade inteira!
Eu amo profundamente este lugar! Ele é como a Minha segunda gruta de Lourdes. Aqui estou sempre rezando aos pés da Mãe de Deus como rezava na Gruta de Massabielle e tal como e tal como permaneço até hoje invisivelmente, espiritualmente na Gruta de Massabielle rezando por todos os que vão à LOURDES, aos SANTUÁRIO DE LOURDES, também permaneço aqui, rezando por todos os peregrinos, que a este lugar vem rezar com amor para que em todos cresça a graça de Deus, o amor, a santidade, o bem e a Paz!
Estou convosco todos os dias das vossas vidas, amo-vos, abençôo-vos e nos vossos sofrimentos estou mais próxima de vós do que podeis imaginar!
Hoje do Santuário de Lourdes e de junto do Meu Corpo Incorrupto em Nevers derramo sobre vós abundantemente as bençãos do Altíssimo, as bênçãos do Coração Imaculado de Maria, a Imaculada Conceição da Gruta de Massabielle, a Senhora da Minha vida.”
(MARCOS): “-Até breve!”
(Grande Pausa)
“Os Escravos tocam os sinos, reverenciando a subida da Celestial Rainha e Mensageira da Paz com Santa Bernadette Soubirous ao Céu, termina a Aparição, os peregrinos presentes aplaudem em gratidão.”
Em meados do século XIX, Lourdes é uma pequena cidade tranquila, junto aos Pirinéus, que se estende ao longo da margem direita do Gave. Entre notários, advogados, médicos, professores, há os que trabalham manualmente, concretamente, muitos moleiros.
A vidente
Num deles, o Moinho de Bloy, nasce Bernadette em 7 de Janeiro de 1844, após um ano de casamento dos pais. Bernadette morará nesse moinho durante dez anos com os pais Francisco Soubirous e Luísa Castérot, moleiros que ganham dignamente a vida. É um casamento de amor que dará origem a nove filhos dos quais cinco morrem em pequenos. Bernadette chamará a esta casa "o Moinho da felicidade" porque aí fez uma das mais importantes descobertas para todo o homem e mulher: o amor humano. Bernadette era uma criança simpática, pouco desenvolvida fisicamente para a sua idade, sofrendo de problemas respiratórios de tipo asmático.
Em Novembro de 1844, Luísa queima-se num seio e não pode mais dar de mamar a Bernadette que tem de ser mandada para uma ama nos arredores de Lourdes, em Bartrès. Além da separação, a despesa é grande.
Em Abril de 1854, morre o segundo filho dos Soubirous, com dois meses. Depois, os negócios no moinho correm mal. Francisco é um bom homem, sempre sem pressa que lhe paguem, sobretudo os clientes pobres.
Um novo acidente acontece, desta vez a Francisco. Cega de um olho por causa dum estilhaço de pedra que se desprende de uma das mós do moinho que estava a picar, porque se tinha tornado demasiado lisa.
É assim que em 1854, quando Bernadette tem 10 anos, a família tem de mudar de casa. O pai começa a procurar trabalhos precários e a própria mãe também faz trabalhos de casa, lava roupa, trabalha no campo.
No Outono de 1855, uma epidemia de cólera abate-se sobre Lourdes. Bernadette escapa mas a saúde, já frágil desde os seis anos, deteriora-se mais. Nunca mais deixará de ter asma. Com a morte da avó Castérot veio algum dinheiro que melhorou um pouco a situação financeira da família, mas apenas temporariamente. Alugaram um novo moinho mas o contrato revelou-se ruinoso.
Durante o Inverno de 1856-57, para ter "menos uma boca a alimentar", Bernadette vai para casa da madrinha que a toma como criada.
Bernadette ignora tudo do catecismo. Mas isso não a impede de ser educada cristãmente. Sabe o Pai Nosso e a Avé Maria e traz sempre consigo um terço.
Por causa do desemprego, no princípio de 1857, os Soubirou são expulsos de casa e instalam-se na "masmorra", uma sala sombria de 3,5 m por 4,5 m, que fazia parte do que fora uma antiga prisão. A miséria aumenta e em 27 de Março de 1857, a polícia apresenta-se na "masmorra" para prender Francisco Soubirou acusado de ter roubado dois sacos de farinha ao padeiro Maisongrosse. Ei-lo caído ao nível dos ladrões. Bernadette não quer estar longe dos seus e volta a casa em 1857.
As aparições
Primeira aparição: Quinta-feira, 11 de Fevereiro de 1858
Acompanhada pela irmã e uma amiga, Bernadette vai a Massabielle, ao longo do rio Gave, para apanhar carqueja. Tirando as meias para atravessar o ribeiro, ouve um barulho que parecia uma rabanada de vento, levanta a cabeça para a Gruta:
"Vi uma senhora vestida de branco: tinha um vestido branco, um véu branco também, um cinto azul, e uma rosa amarela em cima de cada pé."
Faz o sinal da Cruz e recita o terço com a Senhora. Terminada a oração, a Senhora desaparece bruscamente.
Segunda aparição: Domingo 14 de Fevereiro de 1858
Bernadette sente uma força interior que a empurra a voltar à Gruta apesar da proibição dos pais. Pela sua insistência, a mãe dá-lhe autorização. Depois da primeira dezena do terço, vê aparecer a mesma Senhora. Lança-lhe água benta.
A Senhora sorri e inclina a cabeça. Terminada a oração do terço, desaparece.
Terceira aparição: Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 1858
A Senhora fala pela primeira vez. Bernadette dá-lhe um papel e pede-lhe que escreva o nome. A Senhora diz-lhe:
Não é necessário.
E acrescenta:
Não prometo tonar-vos feliz neste mundo mas no outro. Queres dar-me o prazer de vir aqui durante quinze dias?
Quarta aparição: Sexta-feira, 19 de Fevereiro de 1858
Bernadette vai à Gruta com uma vela acesa. Foi deste gesto que nasceu o hábito de levar velas e de as acender diante da Gruta.
Quinta aparição: Sábado, 20 de Fevereiro, de 1858
A Senhora ensina-lhe uma oração pessoal. No final da visão, uma grande tristeza invade Bernadette.
Sexta aparição: Domingo 21 de Fevereiro de 1858
A Senhora apresenta-se a Bernadette de manhã cedo. Uma centena de pessoas acompanham-na. De seguida, é interrogada pelo comissário da Polícia, Jacomet. Ele quer faze-la dizer o que viu. Bernadette não lhe fala senão "d'AQUERO" (daquilo).
Sétima aparição: Terça-feira, 23 de Fevereiro de 1858
Rodeada de cento e cinquenta pessoas, Bernadette vai à Gruta. A Aparição revela-lhe um segredo "Só para ela".
Oitava aparição: quarta-feira, 24 de Fevereiro de 1858
Mensagem da Senhora:
Penitência! Penitência! Penitência! Rezai a Deus pelos pecadores! Vai beijar a terra como penitência pelos pecadores.
Nona aparição: Quinta-feira, 25 de fevereiro de 1858
Estão presentes trezentas pessoas.
Vai beber à fonte e lavar-te. Comerás da erva que lá está.
Bernadette conta:
"Disse-me que fosse beber à nascente (…) não encontrei senão um pouco de água enlameada. À quarta tentativa consegui beber. Fez-me também comer uma erva que se encontrava perto da fonte, depois a visão desapareceu e fui-me embora".
Diante da multidão que lhe pergunta:
"Sabes que acham que estás louca por fazeres essas coisas?"
Ela responde simplesmente:
"É pelos pecadores."
Décima aparição: Sábado, 27 de Fevereiro de 1858
Oitocentas pessoas estão presentes. A Aparição é silenciosa. Bernadette bebe água da fonte e faz os gestos habituais de penitência.
Décima primeira aparição: Domingo, 28 de Fevereiro de 1858
Mais de mil pessoas assistem ao êxtase. Bernadette reza, beija a terra e anda sobre os joelhos em sinal de penitência. De seguida é levada à presença do juiz Ribes que a ameaça de prisão.
Décima segunda aparição: segunda-feira, 1 de Março de 1858
Mais de cinco mil pessoas se juntaram e entre elas, pela primeira vez, um sacerdote. Durante a noite, Catarina Latapie, uma amiga de Lourdes, vai à Gruta e molha o braço doente na água da fonte: o braço e a mão reencontram os movimentos.
Décima terceira aparição: Terça-feira, 2 de Março de 1858
A multidão aumenta cada vez mais. A Senhora pergunta-lhe:
Vai dizer aos sacerdotes que venham aqui em procissão e que construam uma capela.
Bernadette fala ao Pe. Peyramale, pároco de Lourdes. Este não quer senão saber uma coisa. O nome da Senhora.
Exige além disso uma prova: ver florir a roseira brava da Gruta em pleno inverno.
Décima quarta aparição: Quarta-feira, 3 de Março de 1857
Às sete horas da manhã, em presença de três mil pessoas, Bernadette vai à Gruta, mas a visão não aparece. Depois da escola, escuta o convite interior da Senhora. Vai à Gruta e volta a perguntar-lhe o nome. A resposta é um sorriso. O Pe. Peyramale torna a dizer-lhe:
"Se ela quer mesmo uma capela, que diga o seu nome e faça florir a roseira da Gruta!"
Décima quinta aparição: Quinta-feira, 4 de Março de 1858
A multidão cada vez mais numerosa (cerca de oito mil pessoas) espera um milagre no final desta quinzena. A visão é silenciosa. O Pe. Peyramale não muda de posição. Durante 20 dias, Bernadette não vai mais à Gruta, não sente mais o convite irresistível.
Décima sexta aparição: Quinta-feira, 25 de Março de 1858
A visão revela o nome, mas a roseira em cima da qual pousa os pés durante as Aparições não floresce.
Bernadette conta:
"Levantou os olhos ao céu, juntando as mãos em sinal de oração, mãos que estavam esticadas e abertas para a terra e disse-me:
"Eu sou a Imaculada Conceição" ("que soy era immaculata councepciou").
A jovem vidente parte a correr, repetindo sem parar, no caminho, as palavras que não compreende. Estas palavras perturbam o valente prior. Bernadette ignorava esta expressão teológica que designa um dos privilégios concedidos por Deus à Santíssima Virgem.
Quatro anos mais cedo, em 1854, o papa Pio IX tinha-a tornado uma verdade certa da fé católica: um dogma.
Décima sétima aparição: Quarta-feira, 7 de Abril de 1858
Durante esta aparição, Bernadette tem a vela acesa. A chama envolveu-lhe longamente a mão sem a queimar. Este facto foi imediatamente constatado pelo médico, o Dr. Douzous.
Décima oitava e última aparição: Quinta-feira, 16 de Julho de 1858
Bernadette sente o misterioso apelo da Gruta, mas o acesso está proibido e vedado com uma paliçada. Vai então pelo lado da frente, na outra margem do Gave. Vê a Virgem que se apresenta soba a aparência de Nossa Senhora do Monte Carmelo.
"Parecia-me que estava diante da gruta, à mesma distância que das outras vezes. Via apenas a Virgem, nunca a tinha visto tão bela!"
Reconhecimento pela Igreja
Quatro anos depois das aparições, o Bispo de Tarbes, em 18 de Janeiro de 1862, declara-as como autênticas.
À entrada da basílica da Imaculada Conceição, pode ler-se gravada em mármore a declaração solene do Bispo das Aparições, D. Laurence:
"Julgamos que a Imaculada Maria, Mãe de Deus, apareceu realmente a Bernadette Soubirous, em 11 de Fevereiro de 1858 e nos dias seguintes, por dezoito vezes, na gruta de Massabielle, perto da cidade de Lourdes; que está revestida de todas as características da verdade, e que os fiéis têm fundamento em tê-la como certa. Submetemos humildemente o nosso juízo ao Juízo do Soberano Pontífice que está encarregue de governar a Igreja universal".
Em 3 de Julho de 1866, Bernadette parte para Nevers, para dar entrada na Congregação das Filhas da Caridade onde permanece até à sua morte em 16 de Abril 1879.
É canonizada por Pio XI em 8 de Dezembro de 1933.
***
MENSAGEM DE MARIA SANTÍSSIMA EM LOURDES, FRANÇA (1858)
“Que soy era Immaculada Counceptiou”.
Palavras da Santíssima Virgem à menina Bernadete, em Lourdes, França, 1858, confirmando Ela própria o dogma de Sua concepção imaculada, cujas controvérsias se arrastavam pelo menos desde o século XIV.
É fascinante quando estudamos as grandes manifestações de Maria Santíssima na história. Porque Suas intervenções celestiais ocorrem exatamente nos momentos estratégicos em que o governo oculto do mundo enceta passos importantes para a implantação do reino do anticristo. Vejamos, portanto.
Em obediência ao Céu
Marie-Bernard Soubirous ou Maria Bernada Sobeirons (Lourdes, 7 de Janeiro de 1844 — Nevers, 16 de Abril de 1879)
No mesmo ano de 1858 em que as forças anticlericais disseminavam suas doutrinas materialistas e ateístas para a germinação do nebuloso caos moral e espiritual que sobreviria, numa humilde aldeia situada na região Bigorre do sudoeste da França, nas encostas setentrionais dos Pirineus, a admirável cadeia de montanhas entre a França e a Espanha, ocorria despercebidamente mais uma dessas extraordinárias intervenções da Mãe da Igreja de Cristo.
A frágil menina Bernadete Soubirous, cujos primeiros anos de vida transcorriam na mais assustadora e penosa pobreza, desafiava os partidários da “deusa razão” ao sustentar desassombradamente que via e conversava com a Mãe de Jesus.
Esse desafio tanto maior se tornou quando, em obediência ao Céu, Bernadete cavou com as próprias mãos sobre a grama da terra próxima à gruta de Lourdes, de onde, daquele momento em diante, uma miraculosa fonte de água pura passou a jorrar e a curar milhares de pessoas até os dias de hoje.
"Eu sou a Imaculada Conceição"
Ilustração da aparição da Virgem à Bernadete, em Lourdes
Mas não foi só. Depois de uma seqüência de aparições sem revelar seu nome, a Senhora faz uma importante afirmação a Bernadete. Envolta em uma luz de beleza indescritível e sorrindo para sua humilde vidente, no dialeto Bigourdan, suas palavras soam atordoantes para todos os que perderam a fé na Igreja de Cristo e na perenidade das Sagradas Escrituras:
“Que soy era Immaculada Counceptiou”.
Ao ouvir isso, a menina levantou-se imediatamente e, seguida por uma multidão de pessoas ansiosas, apressou em voltar à cidade. Em sua simplicidade extrema, repetia as palavras em voz alta inúmeras vezes, a fim de não esquecê-las. Ao chegar à cidade, irrompeu na casa do relutante e cético padre Peyramale —descrito como austero, severo e inflexível. A menina levantou os olhos para ele, que abaixou os seus para olhá-la e ela disse simplesmente: “Eu sou a Imaculada Conceição”.
A partir daquele instante o sacerdote rendeu-se à evidência de que a menina pobre e semi-analfabeta daquela isolada aldeia dos Pirineus sequer tinha idéia do alcance teológico daquela afirmação.
E, mais uma vez, o Céu concedia seu aval na figura de Maria Santíssima, a Mãe do Salvador, intervindo direta e milagrosamente no desfecho das determinações teológicas decretadas pelo Sumo Pontífice, a pedra da Igreja erigida por Seu próprio Filho, como veemente sinal de ligação e misericórdia de Deus.
A própria Virgem veio em pessoa confirmar o dogma de Sua concepção imaculada, cujas controvérsias se arrastavam pelo menos desde o século XIV
Mas não seria somente isso. Assim que a fonte de Lourdes começou a jorrar um novo filete de água que brotava da gruta rochosa e corria para o Gave, um homem simples chamado Louis Bourriete foi instrumento do primeiro dos inúmeros milagres que se seguiriam. Segundo confirmação médica, ele sofria de amaurose incurável (estava ficando cego). O humilde “cavouqueiro”, como era conhecido, pediu para que lhe trouxessem água da fonte e banhou os olhos já quase cegos naquela água. Imediatamente voltou a ver, conforme confirmação do médico local.
Na manhã seguinte, Jeanne Crassus dirigiu-se com grande fé para Massabielle. Mergulhou por alguns momentos sua mão inválida, que há dez anos estava paralisada. Quando a ergueu para que todos vissem, a mão voltara ao normal.
Os milagres são muitos e até hoje ocorrem. Constrangedor sinal para racionalistas e céticos de que a própria Virgem veio em pessoa confirmar o dogma de Sua concepção imaculada, cujas controvérsias se arrastavam pelo menos desde o século XIV, e que quatro anos antes havia sido estabelecido como dogma de fé da Igreja Católica.
Obviamente isso contraria profundamente a “iluminada” mentalidade racionalista de nossos tempos, divorciada da idéia de Deus.
“Oh, não! – tornou a serpente – vós não morrereis!”
Pintura retratando a décima sexta aparição, quando ocorreu o milagre da vela
A confirmação deste dogma implica anuência por parte do Céu a um complexíssimo universo teológico, porque, entre outros fatores, reporta ao ensinamento bíblico do pecado original.
Este dogma estabelece que o gênero humano inteiro é em Adão —como um só corpo de um só homem. Em virtude de tal “unidade do gênero humano”, todos os homens estão implicados na justiça de Cristo.
Portanto, na linguagem figurativa das Escrituras, Adão e Eva cometem um pecado pessoal que afeta a natureza humana, que vão transmitir em um estado decaído. A própria Igreja reconhece isso como um mistério.
Sobre isso, o apóstolo Paulo diz que, assim como em Adão, todas as pessoas morrem, assim também, em Cristo, o Novo Adão, todos ressuscitam (1 Cor 15, 20-21; Rm 5, 17-19).
Assim, fica implícito neste mistério a sedução da natureza diabólica atuando sobre a condição humana em obediência ao Criador, face ao sentido que dá às suas livres escolhas:
“Oh, não! – tornou a serpente – vós não morrereis!” (Gn 3,4)
O que nos leva, mais uma vez, à imagem da mulher que esmagará a cabeça da serpente que seduz pela mentira. Esta mulher é justamente Maria, despojada dessa natureza decaída em virtude dos méritos de Seu Filho, o único Redentor da raça humana.
Claro que este mistério vai contra o lema de toda lógica e razão iluminista, que está fundamentado no lema “igualdade, fraternidade e liberdade”.
A despeito da tirânica resistência das forças antiteístas insufladas pelos sofismas do governo oculto do mundo, uma única aparição de Maria Santíssima possui a virtude de atrair multidões através das gerações e do tempo
A mensagem de Lourdes é uma exaltação às virtudes da pobreza e humildade aceitas cristanamente, ao escolher a Bernadete como instrumento de sua mensagem
Mas a lógica de Deus é totalmente diferente da lógica dos homens. Não somos iguais perante Deus e Santa Terezinha já dizia que no jardim do Criador, cada um de nós assemelha-se a uma pequena flor com características próprias e diferentes, e cada qual com sua cor e perfume peculiar.
Além do que é sempre o Senhor quem escolhe Seus eleitos:
“Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi...” (Jo 15,16)
“...do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia” (Jo 15,19)
A despeito da tirânica resistência das forças antiteístas insufladas pelos sofismas do governo oculto do mundo, uma única aparição de Maria Santíssima possui a virtude de atrair multidões através das gerações e do tempo.
Lourdes convertia-se, então, em um santuário mariano, um centro de reavivamento da fé cristã, de curas sobrenaturais e conversões inacreditáveis.
Assim reconheceu-se a intervenção divina, valendo-se de uma criança frágil, imersa em sofrida penúria, mas que confirmava uma verdade solenemente definida quatro anos antes pelo magistério da Igreja, evidenciando-a para o alcance e o conhecimento de todos os cristãos e de todos os corações que amam a Deus e veneram a Virgem Maria.
A mensagem de Lourdes
O santuário de Lourdes permanece como um sinal da infinita misericórdia de Deus
A Mensagem que a Santíssima Virgem deu em Lourdes, pode ser resumida nos seguintes pontos:
- É um agradecimento do céu pela definição do dogma da Imaculada Conceição, que tinha sido declarado quatro anos antes por Pio IX (1854), ao mesmo tempo que assim apresenta Ela mesma como Mãe e modelo de pureza para o mundo que está necessitado desta virtude.
- Derramou inumeráveis graças físicas e espirituais, para que nos convertamos a Cristo em sua Igreja.
- É uma exaltação às virtudes da pobreza e humildade aceitas cristamente, ao escolher a Bernadete como instrumento de sua mensagem.
- Uma mensagem importantíssima em Lourdes é a da Cruz. A Santíssima Virgem repete que o importante é ser feliz na outra vida, embora para isso seja preciso aceitar a cruz. "Eu também te prometo fazer-te ditosa, não neste mundo, mas no outro"
- Em todas as aparições veio com seu Rosário: A importância de rezá-lo.
- Importância da oraçao, da penitência e humildade (beijando o solo como sinal disso); também, uma mensagem de misericórdia infinita para os pecadores e do cuidado com os doentes.
- Importância da conversão e a confiança em Deus.
"Eu vi a Virgem. Sim, a vi, a vi! Que formosa era!"
O relutante e cético padre Peyramale —descrito como austero, severo e inflexível— rendeu-se às evidências quando a menina levantou os olhos para ele, que abaixou os seus para olhá-la e ela disse simplesmente: “Eu sou a Imaculada Conceição”
Para cumprir o que recomendou a Santíssima Virgem, Bernadete sempre ofereceu meus sofrimentos como penitência pela conversão dos pecadores.
Pouco antes de morrer, um bispo que a visitava e posteriormente seguiria para Roma, pediu-lhe que escrevesse uma carta ao Santo Padre rogando-lhe uma benção. O bispo prometeu que a levaria pessoalmente. Bernadete, com mão estremecida, escreveu: "Santo Padre, quanto atrevimento, que eu uma pobre irmãzinha escreva ao Sumo Pontífice. Mas o Senhor Bispo mandou que o fizesse. Peço uma benção especial para esta pobre doente". De volta da viagem, o Bispo trouxe uma benção especialíssima do Papa e um crucifixo de prata como presente do Santo Padre.
Em 16 de abril de 1879, estando muito mal de saúde e tendo apenas 35 anos, exclamou emocionada: "Eu vi a Virgem. Sim, a vi, a vi! Que formosa era!" E depois de alguns momentos de silêncio disse emocionada: "Rogai Senhora por esta pobre pecadora", e apertando o crucifixo sobre seu coração faleceu.
Uma imensa multidão assistiu aos funerais de Santa Bernadete. E ela começou a conseguir milhares de Deus em favor dos que lhe pediam ajuda. 30 anos mais tarde, seu cadáver foi exumado, e encontrado em perfeito estado de conservação, alguns anos depois, pouco antes de sua beatificação, efetuada em 12 de Junho de 1925, foi feito um segundo reconhecimento do corpo, que continua intacto.
Santa Bernadete foi canonizada em 8 de Dezembro de 1933. Seu corpo incorrupto ainda pode ser visitado no Convento de Nevers, dentro de um féretro de cristal. A festividade da Santa se celebra em 16 de Abril.
A aparição do dia 25 de março de 1859, segundo a própria Bernadete
Bernadete várias vezes contou as aparições e esses relatos estão registrados, como no dia 21 de fevereiro de 1858, peranto o comissário de política, até o domingo, dia 8 de julho de 1866, perante todas as irmãs da congregação a que se filou, por ocasião de sua chegada a Nevers. Sete vezes escreveu de próprio punho.
Em síntese, transcrevemos a do dia 25 de março:
"Repetiu-me muitas vezes que eu devia dizer aos padres para levantarem uma capela ali, para eu ir à fonte me lavar e que eu devia rezar para a conversão dos pecadores. No prazo de 15 dias, ela me revelou três segredos que me proibiu de contar a quem quer que fosse. Fui fiel até o momento presente (esses segredos diziam respeito unicamente à vida pessoal de Bernadete e, realmente, jamais ela os revelou).
"Terminados esses 15 dias, perguntei-lhe de novo, por três vezes, quem era ela. Sempre sorria. Enfim, ousei uma quarta vez. Então, com os dois braços pendentes ao longo do corpo, levantou os olhos para o céu e disse-me, juntando as mãos à altura do peito, que ela era a Imaculada Conceição. São essas as últimas palavras que me disse.
"Tinha os olhos azuis..."
Do diário de Bernadete
Em seu diário, Bernadete rememora os doces momentos passados sob os olhares de Maria
Em seu diário, a vidente de Lourdes extravasou algo de sua inefável ventura em contemplar a face da Mãe do Salvador:
"Como estava feliz a minha alma, ó Boa Mãe,
quando tinha a felicidade de contemplar-vos!
Como gosto de recordar esses doces momentos
passados sob vossos olhares
cheios de bondade e de misericórdia por nós.
"Sim, terna Mãe,
desceste à terra
para aparecer a uma frágil criança [...].
Vós, a Rainha do Céu e da Terra,
quisestes servir-vos
do que havia de mais humilde segundo o mundo.
Corpo incorrupto
Bernardette Soubirous faleceu aos 35 anos e seu corpo foi desenterrado três vezes num intervalo de 46 anos devido ao processo de canonização. Para surpresa de todos é que sempre seu corpo estava intacto, embora seu rosário se apresentasse oxidado e o hábito úmido.
Confundidos em sua ciência, os médicos que a desenterraram pela primeira vez encontraram um corpo perfeito. Tudo nela estava intacto (e continua assim) a começar pelo fígado, um dos primeiros órgãos a entrar em estado de decomposição.
Para desagrado dos que professam a “fé racionalista”, ou mesmo dos ateus, tantos anos depois de sua morte, ainda corre sangue líquido por todo seu corpo.
Aos olhos da fé este fenômeno apresenta-se claramente como um sinal de Deus.
A Igreja decidiu manter o corpo dessa escolhida de Maria Santíssima em uma urna de cristal em Lourdes, para a veneração de todos os que ali acodem. Hoje, Santa Bernadette teria quase 160 anos de idade.
O corpo incorrupto de Santa Bernadete (Marie-Bernard) Soubirous, a vidente de Nossa Senhora de Lourdes. Após as aparições da Santíssima Virgem, Santa Bernadette tornou-se freira na Congregação das Irmãs da Caridade, onde purificou-se através de uma vida em que alcançou alta santidade. Após vários anos de penitências e orações, Bernadette entregou seu espírito no dia 16 de abril de 1879, França. Durante este período de tempo, ela sofreu grandes sofrimentos do corpo e da alma. Seu corpo permanece incorrupto e é alojado em uma capela especial em Nevers
O santuário de Lourdes permanece como um sinal da infinita misericórdia de Deus
Até os dias de hoje, mais de 100 mil curas extraordinárias são atribuídas às águas milagrosas da fonte cavada por Bernadete, sob a ordem de Maria Santíssima. Dessas curas, mais de sessenta foram comprovadas pela ciência através do Bureau Medical de Lourdes em decorrências de longos processos de investigação.
“É bom saber que o número de curas declaradas pela medicina é 100 vezes maior do que as reconhecidas pelas autoridades eclesiásticas. Sempre aparecem casos novos, e tenho sempre mais ou menos cinqüenta casos para estudar. São as curas que foram declaradas nos últimos 10 ou 12 anos e que me parecem sérias”, afirma o Dr. Patrick Theillier, médico responsável do Bureau Medical de Lourdes.
O santuário de Lourdes permanece como um sinal da infinita misericórdia de Deus para as gerações que crêem. E também para o desprezo dos que não crêem...
CORPO INCORRUPTO DE SANTA BERNADETTE EM NEVERS-FRANÇA
Ele está exposto na capela do convento de Saint-Gildard, em Nevers, numa urna de cristal e metal dourado. Pode ser visto e venerado por qualquer fiel.