Aparición de la Virgen del Pilar a Santiago Apóstol
Fachada de la Iglesia de Santiago - Sevilla - Leyenda bajo el retablo:
"Madre mía del Pilar, antes morir que pecar"
Antonio Kiernam Flores - Fábrica: Cerámica Santa Ana - Sevilla, década de 1940
Nossa Senhora do Pilar
(Zaragoza - Espanha)
(Festa em 12 de outubro)
Crescia dia a dia o número de cristãos atraídos pela pregação e pelos milagres
dos apóstolos, mas alguns judeus malvados, caluniando os discípulos de Cristo, iam
movendo cruel perseguição à Santa Igreja, maltratando e mesmo matando muitos
cristãos.
Então os apóstolos, santamente indignados, depois de apostrofar os judeus,
disseram-lhes que, visto a sua indignidade e o seu menosprezo da fé cristã, se
voltariam para os pagãos, e assim iriam pregar o Evangelho a todas as criaturas,
segundo o mandato de Nosso Senhor Jesus Cristo.
São Tiago Maior foi então incumbido de ir pregar o santo Evangelho às
províncias da Espanha, e, antes de partir, foi pedir a licença e a bênção de Maria
Santíssima, como fizeram também os outros apóstolos, comovidos por terem de se
separar da Santa Mãe de seu divino Mestre, a qual tão bem os aconselhava,
consolando-os nas perseguições e desalentos.
A Virgem Santíssima, tendo abençoado o apóstolo, assim lhe falou: “Vai, meu
filho, cumpre a ordem de teu Mestre, e por ele te rogo que, naquela cidade da
Espanha em que maior número de almas converteres à fé, edifiques uma igreja em
minha memória, conforme o que eu te manifestar.”
O apóstolo São Tiago seguiu, pois, para a Espanha e, depois de ter pregado em
alguns outros lugares, chegou a Zaragoza, à margem do rio Ebro. Tendo pregado
durante muitos dias nessa cidade, converteu oito varões, com os quais se retirava à
noite para a margem do rio, onde oravam e descansavam longe das agitações dos
pagãos.
Certa noite, enquanto o apóstolo descansava com seus fiéis discípulos, ouviu, de
repente, umas vozes angélicas que cantavam: “Ave Maria, gratia plena!” Pondo-se
imediatamente de joelhos, viu a Santíssima Virgem entre um coro de anjos, sentada
“Benedicamus Domino”.
Acabado o ato, Maria Santíssima chamou a si o santo apóstolo e, com muito
carinho, lhe disse: “Eis aqui, meu filho, o lugar assinalado e destinado a minha honra,
no qual, por teu cuidado e em minha memória, quero que seja edificada uma igreja.
Conserva este pilar onde estou sentada, porque meu filho e teu Mestre enviou-o do
céu pela mão dos anjos. Junto a ele assentarás o altar da capela , e nele obrará a
virtude do Altíssimo os portentos e maravilhas de minha intercessão para com
aqueles que, em suas necessidades, implorarem o meu patrocínio, e este pilar
permanecerá aqui até o fim do mundo, e nunca faltarão nesta cidade verdadeiros
cristãos que honrem o nome de Jesus Cristo, meu Filho.”
Subitamente, aquele exército de anjos, tomando a Rainha dos céus, levou-a
para a cidade de Jerusalém, repondo-a em sua cela.
Depois desse miraculoso fato, a Virgem Maria ainda viveu onze anos. São Tiago,
depois de louvar a Jesus e sua Mãe Santíssima, cheio de contentamento começou logo a edificar uma igreja naquele lugar, ajudado pelos oito discípulos, colocando o
referido pilar na parte superior do altar e voltado para o Ebro.
O venerado pilar, ainda hoje, atesta a milagrosa aparição, e ali onde está
colocado permanecerá até o fim do mundo.
Nossa Senhora Del Pilar
A primeira aparição da Virgem Maria não foi apenas uma aparição, pois ela ainda era viva. O fenômeno chamado de bilocação (estar em dois lugares ao mesmo tempo) aconteceu quando Nossa Senhora apareceu ao apóstolo Tiago Maior na Espanha, na Cidade hoje chamada Zaragoza. Documentos históricos do Vaticano indicam que a bilocação aconteceu em 02 de janeiro do ano 40.
Maria apareceu a São Tiago para consolá-lo. O apóstolo estava na Espanha evangelizando e sofrendo muito com as perseguições. Um dia, Tiago perguntava a Deus em oração nas margens do rio Ebro se mesmo com tudo aquilo ele deveria continuar ali, se valeria a pena o seu trabalho na Espanha. Neste momento a Virgem surgiu em uma aparição gloriosa em cima de um pilar, com anjos ao redor dela, e entregou a São Tiago a imagem de Nossa Senhora do Pilar, simbolizando a intercessão de Maria como um dos pilares do cristianismo.
Nossa Senhora pediu ao apóstolo que ali, sobre aquele pilar, fosse erguido um templo como sinal de devoção à Virgem Maria intercessora. Esse foi o início do culto à Maria na Igreja. Ela assumiu seu papel de consoladora dos aflitos e advogada dos fiéis nas causas pedidas ao Senhor.
São Tiago deixou ali doze discípulos construindo uma capela, e seguiu a ordem de Maria para ir de volta a Jerusalém. No longo caminho Tiago passou por Éfeso, onde a Virgem morava. Na visita, ela anunciou ao apóstolo a morte que se aproximava e o consolou mais uma vez. Chegando a Jerusalém São Tiago foi morto pelos perseguidores.
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"De Jerusalém, São Tiago seguiu até Sicília e Espanha, detendo-se em Gadiz. Não sendo bem recebido, foi salvo milagrosamente por um anjo, de ser assassinado. Deixou a Espanha entregue a sete discípulos. Voltou mais tarde para Saragoça, onde então, começaram conversões em grande número. Mesmo assim, os perigos eram muitos. Lançaram víboras contra ele, que as segurava tranqüilamente nas mãos.
Em Granada, foi preso com todos os discípulos e neófitos. São Tiago implorou o auxílio de Maria, que vivia, então, em Jerusalém. Por meio dos anjos, foi salvo, e Nossa Senhora ordenou-lhe que fosse pregar na Galícia. Mais tarde, vi São Tiago em grande perigo por causa de uma perseguição contra os fiéis de Saragoça. Certa noite o apóstolo rezava com alguns discípulos, junto aos muros da cidade. Pedia luzes para saber se devia ficar na região ou fugir. Pensava em Maria Santíssima e lhe pedia que rogasse por ele a seu Divino Filho, que nada lhe podia negar. De repente, vi descer um resplendor celeste sobre o apóstolo, aparecendo anjos que entoavam um canto harmônico enquanto carregavam uma coluna de luz cuja base assinalava um local determinado ao apóstolo. A coluna era alta e delgada e terminava com um lírio aberto que lançava línguas de fogo em várias direções. Uma delas ia até Compostela.
No resplendor do lírio vi Maria Santíssima, de nívea brancura e transparência, de formosura e delicadeza maiores que a seda. Estava de pé, da mesma maneira como costumava rezar. Tinha as mãos juntas e um grande véu na cabeça, que lhe caia até os pés. Pousava seus pés sobre a flor, que resplandecia com seus cinco raios de luz. São Tiago recebeu interiormente o aviso de que deveria erguer ali uma Igreja e que a intercessão de Maria devia crescer como uma raiz e expandir-se. Disse-lhe a Virgem que, uma vez concluída a Igreja, voltasse para Jerusalém.
Mais tarde, completada a obra, o apóstolo entregou seu trabalho a 12 discípulos que formara e partiu. E visitou a Santa Virgem em Éfeso. Maria predisse-lhe sua morte próxima, consolando-o e confortando-o muito. Depois São Tiago, despediu-se de Maria e de São João e seguiu para Jerusalém. Aí foi preso e levado ao monte Calvário. No caminho continuou a pregar, convertendo e curando a muitos. Decapitado, tempos depois, seu corpo foi levado para a Espanha. A visão de São Tiago deu origem à devoção a Nossa Senhora do Pilar".
Basílica de Zaragoza as margens do rio Ebro - Espanha.
Muito para além dos milagres espetaculares, a Virgem do Pilar é invocada como refúgio dos pecadores, consoladora dos aflitos, Mãe da Espanha.
Sua ação é sobretudo espiritual.
A devoção ao Pilar tem uma enorme penetração na Ibero-América, cujos países celebram o dia do descobrimento de seu continente a 12 de outubro, isto é, no dia do Pilar.
A Basílica fica aberta o dia inteiro, mas nunca faltam os fiéis que chegam ao Pilar em busca de reconciliação, graça e diálogo com Deus.
É popular na Espanha, especialmente a região de Aragon, a jaculatória:
"Bendita seja a hora em que a Virgem veio em carne mortal a Zaragoza".
O Papa João Paulo II.
O Papa João Paulo II, por duas vezes escolheu este santuário como primeiro passo de suas viagens à América Latina: em 1979, para assistir à Conferência de Puebla e em 1984 para inaugurar as comemorações do V Centenário do descobrimento e o início da evangelização na América.
O Papa dizia nessa basílica, citando Puebla: "Ela (Maria) tem que ser cada vez mais a pedagoga do Evangelho na América Latina" (Puebla, 290). "Sim, continua dizendo o Papa, a pedagoga, a que nos conduz pela mão, que nos ensina a cumprir o mandato missionário de seu Filho e a guardar tudo o que Ele nos ensinou. O amor à Virgem Maria, Mãe e Modelo da Igreja, é garantia da autenticidade e da eficácia redentora de nossa fé cristã".